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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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Adrenalina

Corumbá descobre vocação para esportes radicais

Curtir as belezas naturais de Goiás é sempre um espetáculo a parte. É possível fazer atividades radicais em Salto de Corumbá

Postado em 28 de outubro de 2017 por Sheyla Sousa
Corumbá descobre vocação para esportes radicais
Curtir as belezas naturais de Goiás é sempre um espetáculo a parte. É possível fazer atividades radicais em Salto de Corumbá

*Johny Cândido

Para quem gosta de contemplar as belezas selvagens e naturais de Goiás, Salto Corumbá é uma das grandes atrações turísticas do Estado, a 115 quilômetros de Goiânia e 95 quilômetros de Brasília. A área de 11 alqueires pertence ao empresário Rodrigo Borges e foi aberta ao público há quase 30 anos. Próximo à cidade de Corumbá, existem outros locais que merecem ser visitados, como a Cachoeira do Monjolinho, Tapera Grande, Pai Inácio, Taquara e Pedreira. 

Para os turistas que querem aproveitar o próximo feriado, não vai faltar opções para desfrutar Salto de Corumbá Camping Club, local onde se encontra atividades radicais em meio a natureza. “Contemplar a natureza em uma área de transição, caminhar por trilhas e visitar belíssimas cachoeiras, mergulhar no poço da gruta com águas transparentes, belas praias de areia no rio Corumbá, relaxar nas piscinas ou mesmo se aventurar e colocar a adrenalina para funcionar nos toboáguas, ou mesmo não fazer nada e descansar na sombra de uma árvore”, aconselha o gerente do Salto, Cleber Nerys.

Os aventureiros de “plantão” vão encontrar práticas radicais como rapel na Cachoeira do Salto, tirolesas na Cachoeira do Ouro e na Garganta do Ouro, Boia Cross, cavalgadas e Rafting que são as descidas em botes no rio. A região é composta por sete belas cachoeiras, de todas elas quatro têm um número maior de visitações, sendo elas a Cachoeira do Salto, a Cachoeira do Rasgão, a Cachoeira do Ouro e a Cachoeira da Gruta.

A área de camping que é dividida em duas, a única coisa não permitida é o som automotivo. Ambas tem estrutura completa para atender os campistas e comporta até três mil barracas. As pessoas acampadas vão contar com energia elétrica em pontos individuais, banheiros com chuveiros elétricos e duchas externas, locais para lavar louças e roupas separadamente, área gramada e com dezenas de árvores de diversos tamanhos e segurança.

Adrenalina e emoção

Amantes de atividades radicais e até pessoas que nunca praticaram, podem comemorar e experimentar novas emoções.  Rafting, rapel, tirolesa e boia cross são atividades radicais no Rio Corumbá. Passeios realizados pela empresa Cerrado Aventuras desde 2007, consiste em modalidades coletivas, com condutores especializados, nas corredeiras do rio, direcionando os turistas com comandos e treinamentos específicos.

O diretor-geral do Cerrado Aventuras, Guilherme Predebon, é o responsável pelas aventuras focadas em água no Salto de Corumbá. “As principais recomendações para as pessoas que vão praticar essas atividades radicais são, em primeiro lugar, usar calçado fechado e firme no pé, ter protetor solar e repelente na mochila, levar sempre um lanche, uma lanterna e uma roupa extra”, alerta.

Questionado sobre os riscos, Guilherme explicou que “claro que todas as atividades têm risco, mas nós temos um sistema de gestão de segurança das atividades a qual faz uma análise da probabilidade versus a consequência de cada um dos riscos. Portanto, temos um inventário desde um tropeção na trilha, um passarinho chocar na pessoa, além de todos os outros riscos. E assim criamos tratamentos como equipamentos, procedimentos ou mesmo o cancelamento da atividade. E é só fazer o que for ensinado pelo instrutor, a segurança é total, em oito anos de atuação nunca tivemos nenhum acidente.” 

Preferida entre os turistas 

O esporte mais requisitado em Salto de Corumbá é o circuito do rapel, composto por uma tirolesa com 70 metros de travessia. A descida do rapel de 50 metros ao lado da Cachoeira do Salto e uma tirolesa aquática no poço Rico.

Servidora pública Sicilia Diniz Queiroz, 28, que fez o rapel após muita insistência de um amigo, ficou com medo, mas não se arrependeu. “É muito bom de se fazer, dá uma sensação de adrenalina, de gritar “uhuulll”, mas é claro que bateu aquele medo, mas logo esse medo foi dando lugar a uma sensação de paz, de liberdade, de integração com a natureza. Foi uma experiência ímpar e muito linda!”, relatou.

Boia Cross

Outra opção é o circuito de boia cross, com uma descida de 120 metros pelo Rio Corumbá, podendo optar em descer a metade da Cachoeira do Ouro. Essa atividade tem cerca de 2 km de percurso, sendo diferenciado pelo fato da última cachoeira ser grande, com mais de 5 metros de corredeira.

O ator e professor de teatro Gustavo levou o seu filho Cícero, de 8 anos, para fazer o boia cross e, apesar da pouca idade, o garoto foi corajoso e completou todo o percurso. “Achei muito legal e divertido, só fiquei com um pouco de medo. Mas a emoção foi muito grande e quero fazer muitas outras vezes, além de falar para todos os meus coleguinhas que eu participei de uma atividade radical”, contou Cícero.

Tirolesa

Tem também o circuito de tirolesa Cachoeira do Ouro, com três decidas, uma de 200 metros, outra de 90 metros, onde o aventureiro pode parar em cima da cachoeira e contemplar a beleza e a última que termina no poço e cai na água, que é a tirolesa aquática.

O administrador Leandro Camargo saltou pela primeira vez de tirolesa e confessou ter ficado com muito medo, mas falou que a mistura de liberdade com adrenalina o encorajou a se soltar e dar espaço para a aventura em sua vida. “Foi muito bom, parecia que eu estava voando, e ficar parado em cima da Cachoeira do Ouro foi indescritível, além de na última tirolesa ter uma queda aquática.

Rafting

O rafting, que é a descida em botes no rio em grupo, acontece no Rio Corumbá de dezembro a abril. E a pedagoga Julenice Silva quis sair da situação de conforto e colocar a adrenalina de seu corpo na ativa. Para ela, a intenção em participar do rafting é fazer uma aventura e vivenciar uma situação nova.  “A adrenalina está bem alta, até mesmo porque eu não sei nadar. Mas as orientações que eu recebi me deixaram segura e agora é só alegria, quero ir e voltar em paz”, contou. 

*Especial para O Hoje.

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