Case de Goiânia é palco de nova tentativa de fuga de menores
Um dos agentes sofreu golpes na cabeça, ele foi à Delegacia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) para registrar a ocorrência e passa bem
O Centro de Atendimento Socioeducativo de Goiânia (Case) sofreu mais uma tentativa de fuga na manhã da última segunda-feira (29). Segundo funcionários, cinco internos arrombaram quatro alojamentos com barras de ferro e fizeram três agentes educadores como reféns. Um dos agentes sofreu golpes na cabeça, ele foi à Delegacia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) para registrar a ocorrência e passa bem.
O Grupo Executivo de Apoio a Crianças e Adolescentes (Gecria), da Secretaria Cidadã, afirmou, em nota, que não houve fuga no Centro de Atendimento Socioeducativo (CASE). “Ressaltamos que todas as providências estão sendo tomadas, e o menor que agrediu o servidor será transferido para outra unidade, e ficará em uma ala de segurança”.
Funcionários que estavam na unidade no momento da ocorrência afirmaram que a tentativa de fuga foi liderada por um interno que tinha sido recapturado na última semana. “Ele é um dos 11 que fugiram em dezembro. Quebraram cadeados com barras de ferro tiradas da parede, uma delas tinha sido soldada na tentativa de fuga de dezembro”.
Conforme informado, a tentativa ocorreu durante a entrada dos profissionais para servir o café da manhã. “Tudo estava tranquilo, mas quatro cadeados já tinham sido arrombados, liberando 16 internos. Cinco que tentavam fugir pegaram servidores como reféns. Uma quarta agente que estava na porta percebeu a movimentação e chamou equipe da PM, que frustrou a tentativa de fuga”, concluiu.
Ultimas tentativas
No início da segunda semana de janeiro (8), 14 adolescentes fugiram do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Goiânia, dos quais três foram novamente apreendidos. Eles utilizaram pedaços de ferro para agredir os educadores e fugir. De acordo com a direção do Grupo Executivo de Apoio à Criança e Adolescente (Gecria), os servidores foram agredidos e tiveram ferimentos leves.
Logo após a fuga dos agentes, o Ministério Público do Estado De Goiás (MPGO) foi ao local para vistoriar as condições de alojamento dos internos, do efetivo de agentes e também a estrutura física da unidade. A unidade tem capacidade para 160 internos e, no momento da fuga, havia cerca e 174 reeducandos.
Segundo o órgão, a falta de um esquema de segurança, de servidores e atividades para os internos foram os principais. “Faltam: servidores, atividade socioeducativa, profissionalizante, educacional, de lazer, segurança. Essa fuga é prova disso.” explicou Pubilus Alves da Rocha, coordenador do Centro de Apoio Operacional (CAO) da Infância e Juventude do MP-GO.
Gabriel Araújo é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian. (Foto: Reprodução)