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domingo, 24 de novembro de 2024
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Reforma da Previdência

Goiasprev garante que alíquota extra só será aplicada em caso de calamidade fiscal

PEC encaminhada para Assembleia faculta taxa extra em caso de calamidade, como prevê a Reforma da Previdência em âmbito federal. Foto: Governo de Goiás

Postado em 31 de outubro de 2019 por Aline Carleto
Goiasprev garante que alíquota extra só será aplicada em caso de calamidade fiscal
PEC encaminhada para Assembleia faculta taxa extra em caso de calamidade

Aline Bouhid

Buscando acalmar sindicatos de servidores públicos, o presidente da Goiasprev, Gilvan Cândido garantiu que PEC encaminhada para Assembleia não institui e não define o percentual da taxa extra para servidores. “Ela faculta o uso deste dispositivo, apenas em caso de déficit atuarial, em caso de calamidade fiscal. Nossa proposta está em simetria com a que foi aprovada na semana passada no Congresso Nacional, ou seja, as mesmas regras que foram validadas em Brasília são aquelas que seguiremos em Goiás”, explicou. 

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) institui a reforma da previdência no âmbito estadual e no municipal – mais de 170 prefeituras que contam com regime próprio de previdência social (RPPS) – foi entregue formalmente à Assembleia Legislativa de Goiás na segunda-feira (28) quando Governo defendeu que esperar aprovação da PEC paralela no Congresso poderia aumentar ainda mais o déficit previdenciário.

Segundo Gilvan, a PEC não discute o plano de custeio atual, ou seja, a alíquota de 14,25%. “Por enquanto, não há indicação de alteração desse percentual para os servidores estaduais.” De acordo com os dados da Goiasprev, a Reforma da Previdência no Estado vai gerar economia de R$ 8,1 bilhões em dez anos. 

Em Goiás, nos últimos anos, houve inversão na quantidade de servidores ativos e aposentados: o primeiro grupo teve redução de 82 mil para 62 mil, enquanto o segundo aumentou de 46 mil para 64 mil. O déficit previdenciário, que já existia em 2010 e somava R$ 1 bilhão, mais do que dobrou, e deve  superar a marca de R$ 2,9 bilhões, em 2019. A situação chegou a ser considerada crítica por um dos principais especialistas da área no País, o economista Paulo Tafner, já que o caixa do Estado hoje está comprometido em 86% apenas com as despesas de pessoal – o índice chega a 99% quando se incluem os precatórios nesta conta. 

Desde o começo da gestão, o Governo de Goiás tem implantado uma série de medidas para equilibrar as finanças no Estado. Nessa lista constam operações sistemáticas de combate à corrupção; o aumento da arrecadação – quase 11% quando comparados os dez primeiros meses de 2018 e 2019, o equivalente a R$ 1,5 bilhão -; o corte de benefícios fiscais, que resultou em R$ 400 milhões em seis meses; além da reforma administrativa realizada no primeiro semestre, com redução de 20% no custo operacional da máquina pública e previsão de economia, até 2022, de mais de R$ 440 milhões. 

Saiba mais: Caiado diz que não há “armadilha” para servidores na PEC da Previdência 

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