Senado discute ações urgentes contra incêndios e mudanças climáticas
Parlamentares e especialistas reforçam a urgência de medidas conjuntas para enfrentar crise climática
Os senadores discutiram o combate aos incêndios e mudanças climáticas durante sessão de debates nesta quarta-feira (25). O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) conduziu a reunião enquanto defendeu a necessidade de ações conjuntas para enfrentar a crise ambiental.
Por isso, ele destacou que os incêndios, especialmente no Centro-Oeste, ameaçam nascentes importantes e afetam tanto a fauna quanto a flora, além de comprometer a saúde da população.
Kajuru afirmou que os incêndios são fruto de uma cultura predatória porque o Brasil ainda precisa aperfeiçoar suas práticas de combate ao fogo. Assim, o parlamentar lamentou o aumento dos focos de incêndio e alertou para as consequências econômicas, como a inflação e a queda na competitividade.
Além disso, ele defendeu o fortalecimento dos órgãos ambientais ao pedir penas severas aos responsáveis por queimadas ilegais.
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A senadora Margareth Buzetti (PSD-MT) ressaltou os efeitos devastadores da seca em seu estado e pediu mais planejamento e recursos para o combate aos incêndios. Enquanto isso, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) destacou que as crianças são as primeiras vítimas das mudanças climáticas e pediu mais recursos no Orçamento para enfrentar o problema.
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) lembrou as intensas chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul e criticou a condução da crise climática por integrantes do governo e do STF.
Senado discute urgência
A presidente da Comissão do Meio Ambiente, Leila Barros (PDT-DF), reforçou a urgência do tema e destacou que o Brasil está entre os países mais afetados pelas mudanças climáticas. Portanto, ela pediu o fortalecimento da fiscalização e o crescimento sustentável. Além disso, defendeu a aprovação de seu projeto de lei (PL 3.629/2024), que trata de medidas para prevenir e combater incêndios florestais.
Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, também participou da sessão porque destacou a necessidade de investimentos em estrutura e tecnologia, como aeronaves de combate a incêndio. Ele afirmou que a falta de chuva e os incêndios criminosos colocam o país em uma situação delicada.
Clézio Marcos de Nardin, do Inpe, anunciou o desenvolvimento de uma tecnologia que permitirá previsões mais precisas do tempo. Isto facilita o combate aos incêndios e tempestades. Já Cristina Fróes Reis, do Ministério da Fazenda, cobrou mais cooperação entre os países desenvolvidos e destacou ações do governo, como medidas provisórias que liberam recursos para o combate às queimadas.
A professora Isabel Belloni Schmidt, da Universidade de Brasília, defendeu o uso do fogo de manejo como uma solução para evitar grandes incêndios, enquanto o biólogo Phelipe Fearnside alertou para o risco de secas na Amazônia.