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terça-feira, 10 de dezembro de 2024
Economia

Pobreza na Argentina atinge 52,9% da população; entenda a crise argentina

Pior índice em 20 anos

Postado em 26 de setembro de 2024 por Otavio Augusto
Pobreza na Argentina. Foto: Divulgação

O índice de pobreza na Argentina atinge 52,9% da população no primeiro semestre de 2024, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (26) pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). Isso significa que mais da metade da população economicamente ativa do país vive em situação de pobreza, o que representa cerca de 15,7 milhões de pessoas.

O levantamento mostrou que o nível de pobreza teve um aumento significativo desde a ascensão do presidente Javier Milei ao poder. O índice subiu 11,2 pontos percentuais em comparação com o último semestre de 2023, quando a taxa estava em 41,7%. Esse aumento reflete o impacto das políticas econômicas do governo e a deterioração das condições de vida no país.

Os dados divulgados são alguns dos mais preocupantes já registrados pelo Indec desde que a instituição retomou a publicação da série histórica, em 2016. O índice só não é pior do que o registrado no segundo semestre de 2020, período marcado pela crise da pandemia de Covid-19.

No recorte específico para as pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza, o índice atingiu 18,1% da população no primeiro semestre de 2024. Ou seja, esse grupo não consegue garantir a compra da Cesta Básica Alimentar, que é o mínimo necessário para suprir as necessidades nutricionais diárias.

Além disso, o estudo do Indec destacou que a população mais jovem, entre 0 e 14 anos, foi a mais afetada. A taxa de pobreza nessa faixa etária chegou a 66,1%.

Pobreza na Argentina. Foto: Divulgação

Entenda a crise argentina

O aumento da pobreza está diretamente relacionado à queda no poder de compra dos argentinos, especialmente no que diz respeito aos alimentos. Embora a renda familiar média tenha crescido 69% entre o primeiro e o segundo semestre de 2023, os preços da Cesta Básica Alimentar aumentaram 81,6%. A Cesta Básica Total, que inclui tanto alimentos quanto outros itens essenciais, subiu 75,8% no mesmo período.

Pobreza na Argentina atinge 52,9% da população. Por fim, a crise econômica e social na Argentina continua a se agravar. O governo ainda não apresentou um plano claro para conter a inflação ou melhorar as condições de vida da população. A princípio, o impacto das políticas econômicas de Milei será avaliado com mais detalhes nos próximos meses, à medida que novos dados forem divulgados.

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