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sábado, 23 de novembro de 2024
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Doença fatal

Raiva humana: entenda por que é perigosa e relembre os últimos casos em Goiás

Um adolescente, entre 15 e 19 anos, é a primeira vítima de raiva humana no Distrito Federal desde 1978. Segundo a Secretaria de Saúde (SES-DF), a vítima está internada desde o último dia 20, em estado grave, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital do DF.

Postado em 6 de julho de 2022 por Ana Bárbara Quêtto

Um adolescente, entre 15 e 19 anos, é a primeira vítima de raiva humana no Distrito Federal desde 1978. Segundo a Secretaria de Saúde (SES-DF), a vítima está internada desde o último dia 20, em estado grave, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital do DF. Em Goiás o último caso ocorreu em 2015.

A infecção ocorreu no dia 21 de maio, após o adolescente ter sido arranhado por um gato. A partir de 15 de junho, ele começou a se sentir febril, com dor no corpo, olhos e articulações. A SES informou, nesta terça (5/7), que o rapaz é morador do DF, mas sem outros detalhes.

Devido ao caso, a Secretaria antecipou a vacinação antirrábica para esta quarta-feira (6/7). A ação teve 14 pontos de vacinação, em diferentes partes da capital. De acordo com dados da SES-DF, a população de gatos e cães no Distrito é de 345.033.  A expectativa é vacinar pelo menos 80% da população animal.

Raiva em humanos

A raiva é uma doença infecciosa aguda por um vírus presente em mamíferos, como por exemplo morcegos e humanos. A transmissão se dá a partir do contato com o patógeno pela saliva do animal infectado.

Ela é possivelmente fatal, já que envolve o sistema nervoso central. “É uma doença quase sempre fatal (praticamente 100% dos casos evoluem para óbito), para a qual a melhor medida de prevenção é a vacinação pré ou pós-exposição”, afirma a Secretaria de Saúde.

Leia também: Brasil registra 3 mortes por raiva humana; conheça transmissão, sintomas e letalidade da doença

Com isso, os sintomas mais comuns da raiva humana são: mudança de comportamento, inquietude, perturbação do sono, alterações na sensibilidade, queimação, formigamento e dor no local da mordida. Muitas vezes, a evolução da doença pode levar a quadros de alucinações, acompanhados de febre.

O vírus da raiva se multiplica no organismo humano e, dependendo do local e gravidade onde houve a mordedura ou arranhamento, a doença pode demorar a se proliferar. Mas, o espalhamento em locais com terminações nervosas é, geralmente, mais rápido.

Últimos casos em Goiás

O último episódio de raiva animal em Goiás foi transmitido pela variante canina e datado de 2002 e o de raiva humana, também transmitido pela variante canina, foi em 2001. Já os casos transmitidos por morcegos foram registrado em 2014 e 2015.

Mas, em 2008, um menino de 12 anos contraiu a hidrofobia (raiva) depois de ser mordido por um morcego, no interior de Goiás. O garoto foi internado Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e permaneceu em coma induzido.

Na época, o caso da criança foi o terceiro que ocorreu no país. Para o médico veterinário Fabrício Augusto de Sousa, é difícil controlar a transmissão que vem dos morcegos. “Os casos de raiva registrados, em 2014 e 2015, foram transmitidos por morcego, que é impossível de controlar”, disse.

Atualmente, no estado de Goiás, não há um hospital que disponibilize a vacina e o soro contra a raiva humana. Para se proteger da enfermidade é preciso vacinar cães e gatos e nunca tocar em morcegos ou outros animais silvestres diretamente.

Além de evitar tocar mexer ou tocar em cães e gatos desconhecidos, sem donos, principalmente quando eles estiverem se alimentando, com filhotes ou dormindo e, por último, comunicar à vigilância ambiental, ao encontrar suspeita de raiva ou animais mortos para recolhimento e análise.

Em Goiânia, a última vacinação antirrábica aconteceu no dia 28 de maio no posto de vacinação do Hospital Veterinário, localizado no Campus Samambaia. No decorrer deste ano, a ação já vacinou mais de 2 mil animais.

Leia também: Dia D da Vacinação Antirrábica alerta para imunização contra raiva; saiba quando será

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