Maioria dos candidatos à Presidência tem vices do mesmo partido
Nos bastidores, os partidos articulam o apoio das demais legendas e avançam sobre palanques de outras candidaturas
A eleição para Presidência da República deste ano conta com 12 candidatos na disputa. Desses, 10 contam com candidatos à vice-Presidência do mesmo partido, nos casos das candidaturas chamadas “chapas puras”.
Apenas Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Simone Tebet (MDB) têm postulantes a vice de outros partidos, sendo eles Geraldo Alckmin (PSB) e Mara Gabrilli (PSDB). Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição, terá como companheiro de chapa o general Walter Braga Netto (PL). Ciro Gomes (PDT) escolheu a vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos (PDT) como companheira de chapa. Os demais são:
- Soraya Thronicke (União Brasil), com Marcos Cintra (União Brasil) como vice;
- Leonardo Péricles (UP), com Samara Martins (UP) como vice;
- Vera Lúcia (PSTU), com Raquel Tremembé (PSTU) como vice;
- Felipe D’Ávila (Novo) com Tiago Mitraud (Novo) como vice;
- Sofia Manzano (PCB), com Antônio Alves (PCB) como vice;
- Eymael (Democracia Cristã), com João Barbosa Bravo (DC) como vice;
- Roberto Jefferson (PTB) com Kelmon Souza (PTB) como vice;
- Pablo Marçal (PROS), com Fátima Peróla (PROS) como vice (caso tenha a candidatura confirmada)
Nos bastidores, os partidos articulam o apoio das demais legendas e avançam sobre palanques de outras candidaturas. Até o momento, o PT é o que reúne o maior bloco.
Lula tem o apoio do PSB, PSOL, PV, PCdoB, Rede, Avante e Solidariedade. Juntas, as legendas elegeram, em 2018, 130 deputados federais, 12 senadores e 8 governadores. Dessa forma, o petista terá a maior exposição midiática entre os candidatos ao Palácio do Planalto.
Na sequência, vem Tebet, que conta com o apoio de PSDB, Cidadania e Podemos. Bolsonaro, por sua vez, aparece em terceiro lugar na lista, com aliança selada com o PP e o Republicanos. Os demais candidatos têm apenas o apoio da própria legenda.
As alianças entre partidos definem o tempo que cada candidato terá de propaganda no rádio e na televisão, além de maior fatia do fundo eleitoral para ser usada na campanha.