Ofensiva religiosa de Bolsonaro faz Lula reagir, mas QG quer foco na economia
Em um comício em São Paulo, no sábado (20), Lula voltou a falar de religião, tema que tem sido predominante em seus atos de campanha
O QG de campanha de Lula vê com preocupação à ofensiva religiosa de Jair Bolsonaro (PL) para desgastar o adversário junto ao eleitorado evangélico.
Segundo pesquisa divulgada pelo Datafolha, a intenção de voto em Bolsonaro no primeiro turno subiu de 43% em julho para 49% na pesquisa entre 16 e 18 de agosto, enquanto Lula variou de 33% para 32% (com margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos).
O avanço se deu em meio a acenos explícitos de Bolsonaro junto à primeira-dama, Michelle, que é evangélica; e dos ataques de pastores religiosos bolsonaristas ao candidato petista.
Em um comício em São Paulo, no sábado (20), Lula voltou a falar de religião, tema que tem sido predominante em seus atos de campanha e completou que “igreja não é palanque político”. No domingo (21), Lula voltou a falar sobre o tema em sua conta no Twitter, no qual defendeu o tratamento do governo dele aos evangélicos.
A atitude do ex-presidente, preocupa auxiliadores que se vêem preocupados , ao avaliar que Lula pode estar sendo levado a jogar no campo adversário, abandonando a pauta econômica. Além disso, assessores do petista avaliam que ao falar em público, de improviso, Lula fica vulnerável à divulgação de trechos de discursos com interpretações diferentes das pretendidas por ele.
O QG completa que espera que as manifestações sobre religião durante o fim de semana sejam as últimas, e que o ex-presidente volte a falar de economia. Se houver interesse em falar ao evangélicos, isso não pode ser feito de improviso e deve focar em pontos que , na visão dos petistas, podem desgastar Bolsonaro com esse eleitorado. (Possui informações do G1)
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