Tabagismo é responsável pela maioria das mortes por câncer no mundo
Nesta segunda-feira (29) comemora-se o Dia Nacional de Combate ao Fumo, com o objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população para os danos causados pelo tabaco
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) alerta que o tabagismo é uma doença crônica e causa outras enfermidades. É responsável por levar à morte 443 brasileiros todos os dias, embora os óbitos decorrentes do ato de consumir tabaco sejam evitáveis, ainda há muitos fumantes. Não fumar ou parar é a principal forma de prevenir o câncer de pulmão, de cavidade oral, na laringe, faringe e esôfago.
Além disso, nesta segunda-feira (29) comemora-se o Dia Nacional de Combate ao Fumo, com o objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco.
O câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil (sem contar o câncer de pele não melanoma). É o primeiro em todo o mundo desde 1985, tanto em incidência quanto em mortalidade. Cerca de 13% de todos os casos novos de câncer são de pulmão. Já o câncer de boca afeta lábios e demais estruturas, como gengivas, bochechas, palato duro, língua (principalmente as bordas) e a região embaixo dela.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que o tabagismo deve ser considerado uma pandemia, ou seja, uma epidemia generalizada, e como tal precisa ser combatido.
O pneumologista e professor do curso de Medicina da Unic, Lucas Bello, alerta que fumar também é prejudicial à saúde dos expostos à fumaça. Os chamados fumantes passivos também podem desenvolver câncer por conta do contato constante da fumaça proveniente do tabaco. “Inalar é tão prejudicial quanto tragar e com esse efeito a população de fumantes aumenta consideravelmente de forma silenciosa”, pontua.
Anualmente as mortes evitáveis atribuídas ao tabagismo alcançam 37.686 pessoas por Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), 33.179 por doenças cardíacas, 25.683 outros cânceres, 24.443 ao câncer de pulmão, 18.620 ao tabagismo passivo e outras causas, 12.201 à pneumonia e 10.041 ao acidente vascular cerebral.
O especialista adverte ainda que os responsáveis fiquem atentos aos adolescentes, pois segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (2019), a exposição ao tabaco se dá de forma precoce. Adolescentes em idade escolar que fumaram pela primeira antes dos 14 anos compõem um percentual de 11,1%, para o País, sendo praticamente igual para meninos e meninas de 13 a 17 anos. A diferença entre os sexos é maior na Região Sul, pois 18% dos fumantes são meninas, e 13,5% meninos.