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sexta-feira, 22 de novembro de 2024
Operação Entreposto

Servidores da Receita são presos por desviar e vender bens apreendidos

A investigação, realizada pela Polícia Federal com o apoio da Corregedoria da Receita Federal, revelou que os servidores manipulavam os registros de apreensão para desviar parte das mercadorias

Postado em 6 de novembro de 2024 por Leticia Marielle
Servidores da Receita são presos por desviar e vender bens apreendidos. | Foto: Divulgação

Nesta quarta-feira (6), a Polícia Federal (PF) prendeu servidores públicos da Receita Federal suspeitos de desviar produtos apreendidos durante fiscalizações e vendê-los no mercado informal do Rio Grande do Sul. A Operação Entreposto cumpriu nove mandados de prisão preventiva, 15 de busca e apreensão, três de busca pessoal e 12 medidas cautelares. Além disso, sequestrou 22 imóveis, 24 veículos e bloqueou contas bancárias dos envolvidos, totalizando cerca de R$ 37 milhões.

A Justiça emitiu as ordens judiciais, que foram cumpridas em várias cidades gaúchas, como Santa Maria, Pelotas, Lajeado, Braga, Santo Augusto, e também em Chapecó (SC). As ordens foram expedidas pela 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Santa Maria (RS).

A investigação, realizada pela Polícia Federal com o apoio da Corregedoria da Receita Federal, revelou que os servidores manipulavam os registros de apreensão para desviar parte das mercadorias, que não chegavam ao depósito da Delegacia da Receita Federal de Santa Maria. Apenas uma parte dos produtos apreendidos era, de fato, encaminhada ao local apropriado.

Um grupo separado se encarregava de comercializar os produtos desviados, repassando uma parte dos lucros para os agentes públicos. Esse grupo era formado por pessoas com histórico de crimes de contrabando e já havia sido autuado pelo próprio órgão fiscalizador.

A investigação começou com uma denúncia interna da Superintendência da Receita Federal do Rio Grande do Sul, que foi encaminhada à Corregedoria e resultou na abertura do inquérito criminal pela Polícia Federal. Durante a apuração, a PF também identificou a participação de um policial militar de Santa Catarina. Esse policial não só ajudava nas abordagens aos alvos, mas também prestava apoio na venda e destinação dos produtos desviados.

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