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sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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COP29

Climatologista alerta para falta de avanço na COP29 e risco de aquecimento irreversível

COP29 está sendo realizada entre 11 e 22 de novembro deste ano em Baku, Azerbaijão

Postado em 12 de novembro de 2024 por Bruno Goulart
Climatologista alerta para falta de avanço na COP29 e risco de aquecimento irreversível
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O climatologista Carlos Nobre, referência em mudanças climáticas, afirmou que as propostas apresentadas na COP29, que está sendo realizada entre 11 e 22 de novembro deste ano em Baku, Azerbaijão, são insuficientes para enfrentar o desafio climático.

Segundo Nobre, as metas definidas no Acordo de Paris, como a redução de 43% das emissões de gases de efeito estufa, não são mais eficazes para conter o aumento da temperatura global em 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, objetivo que já está comprometido com 16 meses de temperatura elevada nesse patamar.

O especialista ainda destacou que, mesmo que os países conseguissem reduzir as emissões conforme previsto até 2030, o mundo ainda estaria no caminho para um aumento de 2,5°C até 2050. A dependência global de combustíveis fósseis continua dificultando as metas climáticas, e o climatologista enfatiza a necessidade de acelerar a transição para fontes de energia renováveis.

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Para ele, a atualização das metas climáticas ainda é um desafio para muitos países, com poucos líderes demonstrando a urgência necessária. O Brasil, como próximo anfitrião da conferência em 2025, foi uma das poucas nações a revisar sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) recentemente, baixando as metas de emissão até 2035. O vice-presidente Geraldo Alckmin apresentou a nova meta brasileira durante o encontro.

Desafios da COP29

Nobre ressalta também que a COP29 deve enfrentar o risco iminente de um aquecimento de até 2,5°C em 2050, que ele descreve como um “suicídio planetário” caso as reduções de emissão não sejam aceleradas. Ele destaca ainda que, além de reduzir as emissões, os países precisam se preparar para os impactos irreversíveis, como os eventos climáticos extremos que têm ocorrido em todo o mundo.

O climatologista também defende o consumo consciente, ressaltando que o desmatamento da Amazônia e a pecuária são responsáveis por grande parte das emissões brasileiras. Soluções sustentáveis, como carne de pecuária regenerativa e energia solar, podem ser alternativas econômicas viáveis para a sociedade, apontando que os consumidores têm um papel crucial na luta contra as mudanças climáticas.

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