Caiado se defende de inelegibilidade citando exemplos de Lula, Dilma e Bolsonaro
Governador compara reuniões no Palácio das Esmeraldas com encontros de ex-presidentes
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), afirmou que reuniões feitas no Palácio do Alvorada por ex-presidentes como Lula (PT), Dilma (PT) e Bolsonaro (PL) são parecidas com os encontros que ele realizou no Palácio das Esmeraldas, usados como justificativa para sua condenação por abuso de poder político. Caiado foi declarado inelegível por oito anos pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), que o acusou de usar a residência oficial do governo para apoiar o prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (União).
Caiado também citou uma decisão de 2014 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quando o ministro Dias Toffoli considerou regular uma reunião de Dilma com Lula no Palácio do Alvorada. Além disso, mencionou Bolsonaro, que em 2022 usou a residência oficial para divulgar apoios políticos, e o atual presidente Lula, por pedir votos no mesmo local para Guilherme Boulos (PSOL).
“Respeito a decisão do TRE com tranquilidade, mas não pode haver dois pesos e duas medidas. Se o Palácio do Alvorada sempre esteve aberto para reuniões, acredito que o mesmo será reconhecido no meu caso. Confio na justiça e na análise das próximas instâncias”, declarou Caiado.
A mesma decisão cassou o mandato do prefeito eleito Sandro Mabel e de sua vice, Cláudia Lira, além de multar os três em valores que variam de R$ 5 mil a R$ 60 mil. Todos podem recorrer.