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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025
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pressão parlamentar

Parlamentares pressionam prefeitura por desmonte na Comurg

Vereadores da oposição e situação se dividem quanto ao apoio de aporte milionário a companhia após reestruturação financeira

Postado em 12 de fevereiro de 2025 por João Reynol
2 Foto Joao Reynol O HOJE
Requerimento foi aprovado em plenário na sessão ordinária da última terça-feira. | Foto: João Reynol/O HOJE

A crise na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) ganhou um novo capítulo na Câmara Municipal de Goiânia na última terça-feira (11). Vereadores goianienses votaram a favor de um requerimento parlamentar que obriga o órgão a fornecer informações acerca das contas da empresa, o decreto é de autoria do vereador Luan Alves (MDB). 

O pedido vem após um desmonte de servidores comissionados da companhia pelo prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), após a descoberta de um rombo milionário nas folhas de pagamentos que superaram o valor de R$ 3 bilhões. Segundo o documento obtido pelo O HOJE com a equipe de Alves, o decreto parlamentar obriga a Comurg de fornecer as: relações completas dos servidores comissionados atualmente vinculados a Comurg; as funções desempenhadas dos servidores; os cargos ocupados; remuneração detalhada e a lotação de cada servidor comissionado. 

De acordo com o autor do projeto, ao O HOJE, o pedido do decreto visa entender quais são os atuais gastos que a companhia possui com os mais de 120 comissionados que restam após as exonerações em massa no início de janeiro, ao qual o dirigente municipal justificou com uma economia de R$ 3 milhões. Além disso, afirma que buscam analisar se o aporte que a prefeitura busca para a companhia no valor previsto de R$ 190 milhões é necessário, tendo em vista as reestruturações financeiras que ocorreram na Comurg. Junto ao vereador, estava na arquibancada o deputado estadual Clécio Alves (Republicanos), pai de Luan e que antes da exoneração em massa mantinha comissionados indicados na empresa. 

Esse embate também provocou reações de parlamentares da Casa, tanto da oposição e situação que se manifestaram ao O HOJE quanto a legalidade do aporte caso o pedido não seja entregue à câmara para apreciação. De início, Coronel Urzêda (PL) rompeu o silêncio no palanque quando ventilou que o mesmo não possuía indicados na empresa, além de proferir que só apoiaria o recurso caso Mabel revogasse a “Taxa do Lixo”. 

Além do bolsonarista, a parlamentar Aava Santiago (PSDB) também se manifestou quando procurada pelo O HOJE. A tucana alerta que o pedido do recurso deve ser encaminhado primeiramente à Casa com um anexo detalhado dos gastos para que os parlamentares possam fiscalizar e aprovar a tramitação. Caso contrário, relata que irá trabalhar contra a captação da verba para que o devido processo legal seja mantido. “Nós temos um histórico muito negativo de cheques em brancos gastos para Comurg, e não será apenas a nossa boa fé pela cidade que deve guiar a nossa atuação, mas aquilo que está legalmente explícito e exposto de maneira clara”, afirma.

O petista Fabrício Rosa (PT) compactua com a tucana e expressa que é contra o aporte se não for devidamente detalhado para qual motivo e como será usado dentro da Comurg. “A Comurg já passou por diversas reestruturações financeiras, e esse novo aporte precisa ser justificado com clareza. A população merece saber exatamente como esse recurso será utilizado e quais são as medidas efetivas para garantir a sustentabilidade da companhia a longo prazo.”

Por outro lado, o líder de governo de Mabel na Câmara Igor Franco (União Brasil) afirma que trabalhará junto aos vereadores para que a gestão consiga “resgatar e salvar” a companhia, contudo, aponta que ainda não há uma previsão para que o projeto seja encaminhado ao parlamento.

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