Durante visita à Aldeia Vista Alegre de Capixauã, na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, em Santarém (PA), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste domingo (2) que o governo vai levar energia elétrica à comunidade. A promessa veio após ele se dizer surpreso com a ausência do serviço na região.

“Eu pensei que tinha energia, porque eu estou vendo uma luz acesa aqui, e eu vi que todo mundo se queixou de energia”, disse o presidente diante das lideranças locais. Lula destacou que o acesso à eletricidade pode ser garantido com o uso de placas solares, solução que, segundo ele, alia desenvolvimento e preservação ambiental. “A gente pode fazer placa solar, a gente pode preservar o ambiente, pode trazer energia para vocês, e eu prometo para vocês que vocês vão ter energia aqui na comunidade de vocês”, afirmou.

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A cacique Irenilce Kumaruara recebeu o presidente Lula e apresentou a demanda de instalação de rede elétrica que, segundo ela, beneficiaria mais de 13 mil indígenas de 4.338 famílias da região.

As aldeias da Resex Tapajós-Arapiuns ainda enfrentam entraves no processo de demarcação de suas terras. A presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joência Wapichana, que acompanhou a visita, afirmou que as demarcações físicas das comunidades Vista Alegre e Escrivão estão previstas para o primeiro semestre do próximo ano. “A Funai tem esse desafio. Por isso que é importante fazer esse acompanhamento porque são muitas demandas e muitos pedidos”, explicou.

Agenda de Lula para COP30

A passagem de Lula pelo oeste do Pará integra a preparação do governo para a COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas que ocorre entre os dias 10 e 20 de novembro em Belém.

No sábado o presidente esteve na capital paraense para inaugurar a ampliação do aeroporto internacional e do Porto de Outeiro, obras consideradas estratégicas para receber o evento. Enquanto a primeira-dama Janja da Silva abriu o festival Global Citizen: Amazônia Viva, que inicia as atividade da COP30.

Também participaram da agenda as ministras Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas, e Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, além da primeira-dama Janja da Silva.