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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
ALERTA

Câncer de próstata mata um homem a cada 38 minutos no Brasil

Novembro é o mês dedicado à conscientização sobre o câncer de próstata e à saúde do homem. A campanha Novembro Azul lembra que, mesmo com o avanço tecnológico e o acesso à informação, ainda morrem milhares de homens por falta de prevenção

Thais Airespor Thais Aires em 18 de novembro de 2025
câncer

Novembro é o mês dedicado à conscientização sobre o câncer de próstata e à saúde do homem. A campanha Novembro Azul chega para lembrar que, mesmo com toda a evolução tecnológica e o acesso crescente à informação, milhares de vidas ainda são perdidas todos os anos por falta de prevenção. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil registra mais de 70 mil novos casos e cerca de 16 mil mortes anuais em decorrência da doença — o que significa que um homem morre a cada 38 minutos.

Para o urologista Rodrigo Braz, pioneiro em cirurgia robótica em Brasília, o cenário poderia ser diferente se o diagnóstico precoce fosse encarado como prioridade. “A chance de cura do câncer de próstata chega a 95% quando o diagnóstico é feito no início. O grande desafio ainda é vencer o tabu e incentivar o homem a procurar o médico mesmo sem sintomas”, explica.

Rodrigo destaca que os avanços tecnológicos trouxeram uma verdadeira revolução na forma de diagnosticar e tratar o câncer de próstata. “Hoje, o exame de toque retal deixou de ser obrigatório em todos os casos, conforme meta-análise publicada na European Urology Oncology (2024). Com exames laboratoriais mais sensíveis e imagens de alta resolução, conseguimos avaliar o risco com mais precisão e, em muitos pacientes, sem a necessidade do toque. A decisão é sempre clínica e individualizada”, afirma.

Robótica e inovação no tratamento do câncer de próstata

A cirurgia robótica é um dos principais marcos da urologia moderna, oferecendo ao paciente procedimentos menos invasivos, com mais precisão, menor dor e recuperação mais rápida.

“A robótica trouxe previsibilidade e segurança. O paciente volta à rotina em menos tempo e com excelentes resultados funcionais, especialmente na continência urinária e na função sexual. É uma transformação completa na experiência do tratamento”, comenta o médico.

Automedicação e cuidados hormonais

Rodrigo Braz também chama atenção para o uso indevido de testosterona e anabolizantes, prática cada vez mais comum entre homens jovens e adultos.

“A automedicação pode comprometer a fertilidade, causar desequilíbrios hormonais e suprimir a produção natural da testosterona. Todo tratamento hormonal deve ser acompanhado por um especialista”, alerta.

 

 

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