Laboratório da UFG vai monitorar qualidade dos combustíveis

Quem não participar do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis poderá ser impedido de comercializar combustíveis

Postado em: 14-07-2021 às 08h26
Por: Maiara Dal Bosco
Imagem Ilustrando a Notícia: Laboratório da UFG vai monitorar qualidade dos combustíveis
Quem não participar do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis poderá ser impedido de comercializar combustíveis | Foto: Reprodução

O Laboratório de Métodos de Extração e Separação da Universidade Federal de Goiás (Lames-UFG) irá monitorar a qualidade dos combustíveis comercializados em Goiás e no Distrito Federal. A vistoria poderá ser realizada porque o Lames-UFG venceu a licitação lançada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) para laboratórios interessados em atuar no Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) e, ao todo, cerca de 2.2 mil postos de combustíveis, distribuidoras e TRR’s (Transportadores-Revendedores-Retalhistas) de Goiás e o DF deverão realizar um pré-cadastro na página do Lames, para que a assinatura dos contratos seja realizada até o dia 30 deste mês, prazo limite estipulado pela ANP.

De acordo com o coordenador-geral do Lames-UFG, professor Nelson Roberto Antoniosi Filho, a partir do pré-cadastro, será configurado um contrato que deverá ser assinado pelos agentes monitorados. “Esse contrato apresenta as condições de coleta e análise dos combustíveis, bem como o valor total da coleta, transporte até o Lames e análises que iremos executar para os combustíveis gasolina C, etanol hidratado e óleo diesel B. Esses combustíveis serão avaliados duas vezes ao ano, normalmente uma vez a cada semestre, nos 1801 postos e 27 TRR’s localizados em Goiás e nos 337 postos e 2 TRR’s do Distrito Federal. Já as 30 bases distribuidoras goianas e as 9 distribuidoras do DF serão monitoradas uma vez por mês”, destacou.

Funcionamento

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Inicialmente, a equipe de coletores e motoristas do Lames-UFG vai até o local e coleta as amostras em uma data que o dono do posto, distribuidora ou TRR desconhece. Então, é coletado um litro de cada combustível comercializado, desde que seja etanol hidratado, óleo diesel B ou gasolina C. Cada litro é levado para o laboratório e analisado com relação à sua qualidade. A partir das análises, é emitido um boletim de qualidade em forma de laudo que é enviado à ANP, que remete os resultados aos agentes econômicos monitorados. O professor reforça a necessidade dos agentes econômicos efetuarem seu cadastro o mais rápido possível no site do Lames. “A ANP estabeleceu penalidades para quem não participar do PMQC. As penalidades chegam até ao impedimento da comercialização de combustíveis”, alerta. 

De acordo com Antoniosi, o Lames venceu a licitação por diversos fatores e o primeiro deles é a experiência. O laboratório já havia atuado por cinco anos no PMQC com a realização de milhares de análises de combustíveis. Além disso, sempre participou dos programas interlaboratoriais de análise de combustíveis e lubrificantes que a ANP e outras instituições promovem. “O Lames hoje é um dos laboratórios do país que tem a melhor infraestrutura de análise de combustíveis, o que faz com que estejamos entre os melhores laboratórios do mundo nessa área. Nossa equipe é composta por pesquisadores graduados e pós-graduados, e isso é um diferencial muito grande”, ressalta o professor.

Operação Petróleo Real

Na última semana, a Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), em ação integrada com a Polícia Militar de Goiás, Procon Goiás e Agência Nacional de Petróleo (ANP), deflagrou a Operação Petróleo Real com o objetivo de fiscalizar irregularidades na venda de combustíveis ao consumidor final. A força-tarefa inspecionou 12 postos de combustíveis em Goiás, sendo oito na capital e quatro em Anápolis. Foi fiscalizado, na ocasião, o cumprimento do Decreto 10.634, que trata sobre a transparência na divulgação dos preços por este segmento.O Procon Goiás autuou quatro postos pela prática de diversas infrações. As irregularidades encontradas foram ausência de informações claras sobre descontos oferecidos por meio de aplicativos, informação divergente sobre a diferença porcentual entre o preço do litro da gasolina e do etanol, prazo de validade vencido, produtos sem especificação, entre outras.  (Especial para O Hoje).

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