Empresa era proibida de fazer contrato com poder público

Vereadores recomendam que prefeitura não assine novo contrato com empresa de fotossensores

Postado em: 10-05-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Vereadores recomendam que prefeitura não assine novo contrato com empresa de fotossensores

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A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga possíveis irregularidades no âmbito da Secretaria Municipal de Trânsito (SMT) assinou recomendação ao prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB) para que não assine o novo contrato para implantação e gestão dos equipamentos fotossensores em Goiânia.

Além do prefeito, a recomendação será igualmente encaminhada a Felisberto Tavares, secretário de Trânsito, Transporte e Mobilidade (SMT), e Rodrigo Melo, titular da Secretaria de Administração do Paço. A CEI foi instalada em 15 de fevereiro deste ano para investigar irregularidades nos preços dos serviços de fotossensores, entre as quais cobranças em duplicidade por serviços inexistentes ou pagos a mais.

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Segundo o presidente da CEI da SMT, vereador Elias Vaz (PSB), além das irregularidades apontadas no contrato com a empresa Trana, vigente entre os anos de 2010 e 2016, a comissão quer apurar também o novo contrato da prefeitura para fotossensores a ser assinado com a empresa Eliseu Kopp, vencedora do processo licitatório.

Os parlamentares levantam que “existe uma forte suspeita de conluio, cartelização e superfaturamento no preço dos serviços ofertados pela empresa ao município. A Eliseu Kopp possui histórico de condenação judicial, como proibição de firmar qualquer tipo de contrato ou receber incentivos do poder público”, diz documento apresentado.

Em 2014, o empresário Eliseu Kopp, dono da Kopp Tecnologia, chegou a ser preso pela Operação Ave de Rapina, da Polícia Federal, que investigava suposto esquema de fraude em contratos e licitações da empresa com a prefeitura de Florianópolis.

Segundo o presidente da comissão, vereador Elias Vaz (PSB), os empresários tanto da Trana, quanto da Eliseu Kopp devem ser convocados para prestar esclarecimentos à CEI da SMT, mas ainda não existem datas definidas.

“O mais correto seria que a prefeitura pudesse sair da dependência dessas empresas, que agem como uma máfia no âmbito nacional. Sai uma, entra outra, mas no final, todas são envolvidas em suspeita de corrupção”, disse Elias, que sugere que os fotossensores em Goiânia sejam operados a partir de uma parceria entre a prefeitura e o Instituto Federal de Goiás (IFG).

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