Quadrilha que fraudava benefícios do INSS em Goiás é desarticulada

A quadrilha adulterava a documentação com declarações falsas emitidas por fazendeiros e sindicatos dos trabalhadores rurais

Postado em: 06-06-2017 às 16h50
Por: Lucas de Godoi
Imagem Ilustrando a Notícia: Quadrilha que fraudava benefícios do INSS em Goiás é desarticulada
A quadrilha adulterava a documentação com declarações falsas emitidas por fazendeiros e sindicatos dos trabalhadores rurais

Uma organização criminosa que fraudava benefícios
previdenciários foi desarticulada hoje (06/06), em Goiás, pela Operação Oruza, da
Polícia Federal (PF). A quadrilha adulterava a documentação com declarações
falsas emitidas por fazendeiros e sindicatos dos trabalhadores rurais.

As investigações começaram há cerca de dois anos a partir da
identificação de fraudes em concessões de benefícios rurais para o pagamento de
pensão por morte com recebimento dos valores retroativos. Estão sendo
investigados oito sindicatos, cinco advogados, três servidores do INSS
(Instituto Nacional do Seguro Social), agenciadores, proprietários rurais,
beneficiários e representantes legais.

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“Chamou atenção dos investigadores o aumento de até dez
vezes nos valores dos requerimentos para benefícios de pensão por morte com
pagamentos retroativos nas cidades-alvo. As três agências investigadas teriam
pago um montante de R$ 25 milhões em benefícios”, diz em nota PF.

Documentos falsificados

A investigação apurou ainda que a maioria das concessões
estava centrada em um único servidor, que teria utilizado documentos
falsificados, inclusive, certidões de nascimento e de óbito de pessoas
inexistentes.

Cerca de 160 policiais federais estão cumprindo 113 mandados
expedidos pela Justiça Federal de Uruaçu, município de Goiás, sendo 11 mandados
de prisão preventiva, 26 de busca e apreensão e 76  de condução coercitiva, nas cidades de
Niquelândia, Padre Bernardo, Vila Propicio, Porangatu, Trombas, Montividiu do
Norte, Mutunópolis, Colinas do Sul, Formoso, também em Goiás, e em Brasília, no
Distrito Federal.

De acordo com a PF, as fraudes causaram prejuízos de
aproximadamente R$ 5 milhões aos cofres da Previdência Social, considerando 67
benefícios analisados (atualizados até maio de 2016). A polícia estima que o
prejuízo evitado é de R$ 10 milhões, considerando a expectativa de sobrevida
das pessoas de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) e a maioridade.

O nome da operação, Oruza, é de origem grega e está
relacionado à cultura do arroz, visto que os requerimentos de benefícios
previdenciários indicavam essa atividade. 

Fonte: Agência Brasil

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