Centro-Oeste fecha mês de novembro com a gasolina mais cara do Brasil, aponta ANP

No ranking Estadual, Goiás é o 2º com a gasolina mais cara, atrás somente do Rio de Janeiro

Postado em: 08-12-2021 às 08h40
Por: Maiara Dal Bosco
Imagem Ilustrando a Notícia: Centro-Oeste fecha mês de novembro com a gasolina mais cara do Brasil, aponta ANP
No ranking Estadual, Goiás é o 2º com a gasolina mais cara, atrás somente do Rio de Janeiro | Foto: Reprodução

O Centro-Oeste segue com a gasolina mais cara do Brasil, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O levantamento, referente ao mês de novembro de 2021, aponta que o preço médio da gasolina comum na Região foi de R$ 6,962, A variação encontrada entre os 1911 postos pesquisados foi de R$ 6,090 e R$ 7,500. Na sequência, aparecem as Regiões Nordeste (R$ 6,776), Sul (R$ 6,728), Sudeste (R$ 6,691) e Norte (R$ 6,685).

Já no ranking dos Estados, Goiás aparece em segundo lugar com a gasolina mais cara do Brasil. Em novembro, o Estado registrou para o combustível o preço médio de R$ 7,193, ficando atrás somente do Rio de Janeiro, onde o preço médio em novembro foi de R$ 7,258.

Na Capital, o preço médio do combustível fechou o mês de novembro ainda mais alto que a média Estadual. Em Goiânia, onde a gasolina comum pôde ser encontrada entre R$ 6,979 e R$ 7,479, o valor médio ficou em R$ 7,266.

Continua após a publicidade

Sindiposto

Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), Márcio Andrade, a expectativa era de que houvesse uma redução nos preços nos últimos dias, já que o preço do barril de petróleo havia apresentado uma redução. “Contudo, desde segunda-feira (06), o valor já vem apresentando recuperação e, com isso, os preços não diminuem”, afirmou.

Questionado sobre o motivo de a gasolina comum em Goiás ser a segunda mais cara do Brasil, Márcio Andrade pontuou que a Petrobras vende o combustível com valores diferentes entre os Estados. “Em Goiás já começamos comprando o combustível com o preço mais caro do Brasil, então não tem como Goiás ficar entre os Estados mais baratos se ela compra o combustível mais caro”, afirmou.

O presidente do Sindiposto orienta que o consumidor pesquise, não somente o preço, mas que busque abastecer em postos que ofereçam qualidade e boas condições de pagamento. “Existe uma variação de preço muito grande na cidade, porque o mercado é livre e há postos que já reduziram os preços e outros não”, destacou.

Outra dica do Sindiposto é utilizar o aplicativo “EON”. “O aplicativo da Secretaria de Economia “EON” pode auxiliar na questão dos preços, principalmente porque o consumidor pode acessar os valores sem ter que se deslocar até os postos, economizando, assim, combustível ao pesquisar”, finalizou Márcio.

Proposta

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou ontem (07), projeto de lei que cria um programa de estabilização do preço do petróleo e derivados no Brasil. O objetivo do PL 1.472/2021 é servir como uma espécie de “colchão” para amortecer os impactos dos aumentos do preço do barril de petróleo e conter a alta nos preços dos combustíveis. Apresentada pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE), a proposta teve relatório favorável do senador Jean Paul Prates (PT-RN), na forma de um substitutivo. O texto segue para o Plenário.

Jean Paul reforçou que o imposto é apenas uma das ferramentas que o governo terá para garantir que os aumentos do barril no mercado internacional não impactem com tanta frequência o orçamento das famílias e de caminhoneiros, motoristas de aplicativos e outros que dependem de combustível para trabalhar. Ao longo do ano, já foram contabilizados 38 reajustes nos combustíveis, de acordo com o senador. 

Ontem (07), Jean Paul apresentou um novo parecer sobre a proposta, alterando as alíquotas de incidência do Imposto de Exportação sobre o petróleo bruto. O projeto aprovado estabelece alíquotas mínimas e máximas para o Imposto de Exportação do produto, que será zerada até o valor do barril atingir US$ 45. A versão anterior previa que o imposto valeria quando o barril estivesse acima de US$ 80. Outra mudança é relativa à alíquota máxima, que agora será de até 20%, contra os 12,5% inicialmente previstos. (Especial para O Hoje)

Veja Também