Professor de colégio militar é acusado de assediar ex-aluna no RJ; relembre casos parecidos em Goiás

Ex-alunas do Colégio Brigadeiro Newton Braga (CBNB) apresentaram prints de conversas reveladoras e relatos de assédios contra dois docentes da instituição.

Postado em: 12-05-2022 às 17h04
Por: Ana Bárbara Quêtto
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Alunos querem que caso seja investigado pelo Ministério Público Federal (MPF). | Foto: Reprodução.

Assédio em escola do Rio de Janeiro

No mês de abril, deste ano (2022), ex-alunas do Colégio Brigadeiro Newton Braga (CBNB), na Ilha do Governador, apresentaram prints de conversas reveladoras, áudios e relatos de assédios contra dois docentes da instituição à Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ. Os casos teriam acontecido entre 2014 e 2020. Eduardo Mistura, professor de história, negou as acusações e o outro, Álvaro Luiz Pereira Barros, não se pronunciou.

Uma ex-aluna relatou que Mistura costumava abraça-la. “Em 2088, foi quando ele começou a se aproximar de mim e rolou dois selinhos, que ele disse ter sido sem querer, já que ele tinha o costume de abraçar e dar dois beijos no meu rosto”, relatou.

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Eduardo negou as acusações, ”Até agora não aconteceu nenhuma constatação de que houve qualquer coisa relacionada a abuso sexual”, disse.

Álvaro Luiz Pereira Barros, professor de educação física, ficou famoso entre os estudantes como “sonhador”, por sempre dizer que havia sonhado com suas alunas. Em 2020, o docente chegou a falar que gostaria de chicotear uma aluna menor de idade.

De acordo com as alunas, apesar das suspeitas de assédio sexual terem acontecido entre os anos de 2014 e 2020, elas só procuraram ajuda judiciária agora, devido a retomada nas investigações internas da instituição, que começaram em 2020. As novas denúncias devem ser incluídas no documento que a comissão irá levar ao Ministério Público Federal (MPF), uma vez que a escola é ligada a uma das forças militares brasileiras.

Estudantes protestam contra assédio vindo de professores em Goiânia

Do dia 8 de março de 2019 até o dia 25, uma série de protestos começaram a ocorrer em Goiânia contra assédios nos colégios particulares da capital. Duas instituições de ensino em específico receberam diversas críticas em posts do Instagram que homenagearam as mulheres pelo seu dia. Muitas alunas e ex-alunas se revoltaram com a hipocrisia das escolas em parabenizar as meninas enquanto convêm com atos machistas e até assédio por parte dos professores e funcionários.

 Com isso, foi organizada no dia 14 de março do mesmo ano uma manifestação na porta do colégio Protágoras unidade Marista, uma das instituições que foram criticadas na rede social, para protestar e exigir medidas da direção em relação a esses casos. 

Uma das organizadoras dessa manifestação, que prefere não ser identificada, foi aluna do Protágoras durante cinco anos e em entrevista ao Jornal O Hoje explicou que este ato foi montado logo após o colégio apagar os comentários e bloquear os perfis das mulheres que relataram os abusos no Instagram. “Em vista desse sileciamento, começou-se a organizar uma mobilização contra o assedio”, disse.

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Professor de colégio militar em Anápolis é afastado após denúncia de assédio

Um professor de Educação Física do Colégio Estadual da Polícia Militar Professor Gabriel Issa (CEPMG), em Anápolis, foi afastado da unidade escolar após denúncia de assédio a uma aluna de 15 anos. O caso, que foi registrado no dia 13 de maio de 2019, é investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).

 O caso ganhou repercussão na web quando vários estudantes divulgaram a situação com a hashtag #QuemOmiteConsente. O profissional negou as acusações. Leia mais

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