Com medo, moradores se unem para construção de presídio em Rio Verde
O projeto tem parceria do poder judiciário e o custo estimado da obra é de R$ 8 milhões
Por: Sheyla Sousa
No município de Rio Verde, Ao sul do Estado, a população se uniu para arrecadar dinheiro e construir uma nova unidade prisional na cidade, que visa ajudar na ressocialização dos detentos, diminuindo a reincidência de crimes. O projeto tem parceria do poder judiciário e o custo estimado da obra é de R$ 8 milhões.
De acordo com o presidente da Associação Comercial e Industrial do Município, Ivo Marques de Moraes, as constantes fugas da Casa de Prisão Provisória (CPP), que fica no centro de Rio Verde, motivaram a criação do projeto. “A unidade está em condições lamentáveis de estrutura, superlotada. E isso oferecia um risco a todos”, completou.
Ainda segundo Moraes, a ideia inicial era a mudança da CPP de local, mas após anos dialogando sobre o projeto, ficou decidido a construção de uma colônia agrícola e industrial para que os presos possam trabalhar e também diminuindo suas penas, 16 empresas serão instaladas na unidade. “Conseguimos o projeto e estamos levantando parte do dinheiro. Uma outra parte virá do Tribunal de Justiça e do Ministério Público”, explicou.
Segundo informado pelo Tribunal de Justiça do município, a atual CPP tem capacidade para 170 presos, mas já conta com cerca de 370 internos. A nova unidade terá cerca de 465 vagas, sendo 365 para presos provisórios que aguardam julgamento.
De acordo com informações apuradas, a associação será responsável por arrecadar dinheiro para arcar com 30% do custo total da obra, materiais de construção junto comerciantes da cidade também são aceitos. No momento a terraplanagem do local já foi feita e agora está na fase de fundação.
Obra
O projeto foi aprovado pela Direção-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), que verificou as questões de segurança do projeto e a construção da unidade está sendo feita pela associação de comerciantes. Depois de entregue, toda a administração e segurança serão feitas pelo governo do estado, que vai ser o responsável por contratar servidores para o local.
A DGAP informou em nota que o projeto de construção é uma iniciativa do Poder Judiciário, com adesão do Ministério Público, Associação Comercial de Rio Verde, Polícia Militar, Conselho da Comunidade, Sociedade Civil Organizada e DGAP, que, segundo o órgão participa com a disponibilização de mão de obra remunerada de 30 reeducandos do sistema. (Gabriel Araújo é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)
