75 idosos precisam de leite longa vida em abrigo de Aparecida

Leite longa vida é o produto que idosos mais necessitam em abrigo visitado pelo jornal O Hoje

Postado em: 14-03-2024 às 08h00
Por: Ronilma Pinheiro
Imagem Ilustrando a Notícia: 75 idosos precisam de leite longa vida em abrigo de Aparecida
Abrigo Comendador Walmor conta com 75 internos no Jardim Riviera, em Aparecida | Foto: Leandro Braz/O Hoje

O leite longa vida é um dos principais ingredientes do cardápio dos idosos do Abrigo Comendador Walmor, que fica no Jardim Riviera, em Aparecida de Goiânia. No entanto, o alimento está em falta no momento e a instituição conta com doações para reabastecer os estoques.

A unidade que atualmente atende 75 idosos com idade igual ou superior a 60 anos, oferece seis refeições diárias que precisam do leite, de acordo com o responsável pelo abrigo, Paulo César da Silva. 

Na tentativa de arrecadar o alimento tão importante para os idosos, o abrigo divulgou uma campanha nas redes sociais, informando que necessitam do leite, bem como de outras doações como produtos de higiene e limpeza.

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“Estamos realizando essa campanha porque o leite está pouco. Depois da pandemia nossos doadores diminuíram. Os idosos consomem muito leite 7e por isso estamos pedindo ajuda. Qualquer quantidade é de grande valia para o abrigo”,  pontua Paulo César. 

As doações podem ser entregues no próprio abrigo, que fica localizado na Rua José Leão Souza Filho, no Jardim Riviera, ou via Pix CNPJ: 33.637.984/0001-75. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones 3548-2197 ou 99957-2193 (whatsapp).

O Abrigo Comendador Walmor foi fundado em 18 de agosto de 1989 pela família do empresário Walmor Oderdenge. A instituição é filantrópica, modalidade mista que conta com apoio de parcerias, repasses do poder público e colaboração de voluntários.

Sirleijane  Souza Pessoa, 49 anos, é formada em contabilidade, mas há alguns anos se apaixonou pelo serviço social. No abrigo, ela cuida da parte financeira, mas também da gestão de pessoas, e mais, cuida de cada um dos assistidos. 

Na maioria das vezes, as doações vêm de pessoas que moram na região. “ Às vezes alguém traz uma caixa de leite, por exemplo, outros trazem uns pacotes de sabão em pó. De pouquinho a pouquinho a gente vai enchendo os nossos celeiros”, comenta.

Sirleijane diz que as doações caíram drasticamente após o período da pandemia de Covid-19, e agora, o abrigo tem gastos que antes não tinham, como alimentação, material de limpeza e de higiene.

Para cuidar dos 74 idosos, o lugar conta com 32 funcionários, entre cuidadores e especialistas que atendem de segunda a sexta-feira. Os profissionais são fisioterapeuta, nutricionista e psicóloga, de acordo com a gestora.

“A gente necessita muito de doações, que as pessoas se identifiquem com a causa, se sensibilizem para estar nos ajudando”, afirma Sirleijane, ao comentar que as doações podem ir além de materiais ou de valores em dinheiro. É possível também doar aquilo que a maioria das pessoas não têm na contemporaneidade, o tempo.

A partir desse tipo de doações, é possível desenvolver atividades recreativas com os idosos e de entretenimento. “É quando a pessoa decide: vou doar uma hora do meu dia para estar fazendo um trabalho lúdico com eles, ou pessoas mesmo que dão o seu tempo para estar vindo visitar, para estar”, salienta.

O ato de  dar uma palavra de carinho,  de aconchego, faz muita diferença na vida desse público que na maioria das vezes são carentes, segundo Sirleijane. “Eles gostam de conversar, de conhecer novas pessoas”, comenta a mulher.

Como uma boa ouvinte desses idosos, a cuidadora já ouviu muitas histórias ao longo dos anos de trabalho no serviço social. Ela destaca que é gratificante ouvir as histórias. Para ela, todos os relatos ouvidos podem ser escritos em um livro.

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