Abertura aos fins de semana anima comerciantes

Nova autorização agradou diversas classes trabalhistas e anima comerciantes de Goiânia | Foto: Divulgação

Postado em: 24-04-2021 às 08h05
Por: Sheyla Sousa
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Nova autorização agradou diversas classes trabalhistas e anima comerciantes de Goiânia | Foto: Divulgação

João Paulo Alexandre

Com o novo decreto da prefeitura de Goiânia, que permitiu a abertura dos comércios não essenciais nos finais de semana, os comerciantes estão com muita expectativa sobre o retorno gradual dos lucros. Uma das regiões que se espera que isso aconteça é a da Rua 44.  A vendedora Stefany Volp Lisboa Martins Melo destaca que enxerga com bons olhos o retorno das atividades ao local durante o sábado, único dia do final de semana em que o local funciona.

“A gente fica muito grato de poder funcionar aos sábados novamente, pois sempre é um dia muito bom de vendas para a gente, mesmo com os feirantes no local. Apesar de que ficamos um final de semana fechado, mas a expectativa é sempre positiva sobre os ganhos do dia”, pontua.

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Stefany reforça que, apenas no sábado, consegue realizar de R$ 2 mil a 2,5 mil em vendas. “A venda sempre é melhor no final de semana. Mas isso também é muito relativo. O importante é conseguir trabalhar durante os dias normais: de segunda a sábado”, ressalta a vendedora, lembrando que, durante o período que estiveram fechados, continuou realizando vendas on-line. Porém, para ela, não foi muito vantajoso.

“O meu varejo deu um queda, até porque muitas cidades onde meus clientes vivem também fecharam os comércios. Também contamos com os clientes que gostam de ver as mercadorias. Mas, sempre que isso acontece, estamos borrifando álcool nas peças para evitar contaminações”, destaca.

Decreto

A nova normativa destaca que os comércios podem funcionar das 9h às 17h; os serviços podem abrir das 12h às 20h, shoppings e galerias também podem abrir das 10h às 22h e salões e barbearias funcionam das 12h às 21h. De acordo com o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Solidariedade), destacou que foram analisados os números de contaminados, mortes e taxas de ocupação hospitalar. Todos os resultados apresentaram quedas.

“Reconhecemos que muitos negócios têm mais movimento aos fins de semana. E entendendo que os empresários estão inteiramente comprometidos com o combate ao coronavírus e que vivemos um momento de estabilidade, decidimos dar esta contribuição à economia da nossa cidade”, destacou o prefeito.

A ação do prefeito foi elogiada pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Goiás (FCDL-GO). Segundo Valdir Ribeiro, presidente da entidade, houve um encontro onde vários pontos foram levados em consideração, inclusive o fato do final de semana ser composto por dias que mais dão movimento aos comércios de maneira geral. Com isso, a expectativa é impulsionar a retomada econômica com a abertura gradual das atividades.

“A abertura aos sábados era um pleito que nós, da FCDL-GO, juntamente com outros segmentos do setor produtivo, já havíamos defendido na última reunião com a prefeitura, justamente por ser um dia tão significativo para o comércio. Agora, com a estabilização da pandemia – e esperamos que os números baixem ainda mais -, poderemos intensificar as vendas, ajudando na sobrevivência das empresas, na mesma medida em que reforçaremos nas lojas os protocolos de segurança contra a Covid-19”, ressaltou Valdir.

Bares

O novo decreto também beneficiou bares e restaurantes, sendo possível a abertura das 11h às 23h. O funcionamento é possível com 50% da capacidade de pessoas sentadas e autorizada a apresentação, exclusivamente, de música ao vivo do tipo voz e violão limitada a dois integrantes.

A novidade também alegrou a categoria. Segundo Newton Emerson Pereira, presidente do Sindicato dos Bares e Restaurantes de Goiânia (Sindibares), o final de semana representa 60% das vendas da categoria. “É da cultura do goianiense sair durante o final de semana. No meio de semana a gente vende, mas não é a mesma coisa, já que as pessoas estão com compenetradas nos trabalhos. Então, o final de semana é muito importante para nós”, afirmou. (Especial para O Hoje) 

Feirantes otimistas com o retorno das feiras 

Com a flexibilização, as feiras livres e especiais de bairros também poderão abrir aos finais de semana. Após mais um mês sem poder trabalhar aos finais de semana consecutivamente, o clima é de otimismo e esperança entre os feirantes da Capital.

Para a vice-presidente da Associação de Feirantes da Feira Hippie, Letícia Mariani Pereira da Silva, os feirantes estão felizes em retornar ao trabalho. “A sensação é de alegria por poder trabalhar e tentar recuperar o que foi perdido no período em que as feiras não podiam acontecer. Os feirantes sofrem muito embaixo de do sol quente, na lona, depois de produzir a semana inteira para poder vender, então quando recebemos a notícia do funcionamento às sextas, sábados e domingos, a esperança foi geral”, afirma.

Segundo ela, a notícia veio em ótima hora, já que, com a proximidade do Dia das Mães, segunda data mais importante do comércio e que perde somente para o Natal, a expectativa de vendas é bastante positiva. “Com a véspera do Dia das Mães, vendemos muito para atacadistas e pessoas de fora, que vêm especialmente já com a intenção comprar”, destaca.

Ao todo, Letícia acredita que os feirantes poderão vender até 80% mais do que vinham vendendo, uma vez que a Região da 44 deve ter um fluxo significativo de excursões e pessoas de outros estados, e afirma que os feirantes seguem preparados para o momento. “Continuamos pedindo aos feirantes que usem álcool em gel, luva, mantenham distanciamento com os clientes, disponibilizem água e sabão nas bancas. A Associação [dos Feirantes da Feira Hippie] conta ainda com o apoio da Rádio Hippie para reforçar os protocolos durante a feira”, finaliza.

Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Feirante, (Sindifeirantes), Wellington Mendanha, a liberação da realização das feiras foi muito positiva. “Foi muito bom liberar o pessoal para trabalhar. Esperamos que na próxima semana a decisão se mantenha”, afirma. 

Ele reforça que a expectativa é boa, apesar das incertezas quanto aos próximos decretos e destaca que seguem com as medidas de proteção à disseminação da Covid-19. “Esperamos ter bons resultados com a medida e seguimos orientando, e ainda com mais rigor, os feirantes a usarem máscara e álcool em gel. Hoje as feiras recebem menos pessoas do que os supermercados, por exemplo, além de serem arejadas, o que é uma grande vantagem nesta questão.”, finaliza. (Maiara Dal Bosco, Especial para O Hoje) 

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