21ª Mostra Teatral Desaguar apresenta seis espetáculos com questões de identidade, poder e resistência

Ao longo de seis dias, o público terá a oportunidade de testemunhar a expressão artística das turmas formandas

Postado em: 16-11-2023 às 10h00
Por: Letícia Renata
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Ao longo de seis dias, o público terá a oportunidade de testemunhar a expressão artística das turmas formandas | Foto: Reprodução

A área de Teatro da Escola do Futuro em Artes Basileu França, em Goiânia, apresenta a 21ª Mostra Teatral Desaguar, até 19 de novembro, um evento pedagógico-artístico de destaque no cenário cultural goianiense. De quinta a sábado, as peças vão começar às 19h30, e no domingo, às 17h. Neste ano, a temática trabalhada é a da decolonialidade, reunindo seis espetáculos que exploram questões de identidade, poder e resistência. .

Ao longo de seis dias, o público terá a oportunidade de testemunhar a expressão artística das turmas formandas, abrangendo todas as faixas etárias e níveis de experiência em teatro.

Assim, há apresentação desde os jovens da Formação Avançada em Teatro, que têm, no máximo, 13 anos, até os alunos-artistas dos cursos de Qualificação em Teatro e, finalmente, o inspirador grupo de Teatro Vai Idade, composto por participantes com mais de 45 anos.

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“Prepare-se para uma jornada teatral única, na qual a diversidade de perspectivas e experiências se desdobrarão diante de seus olhos”, afirma o coordenador da área de Teatro da EFG Basileu França, Luciano Luc.

“A 21ª Mostra Teatral Desaguar celebra não apenas a arte teatral, mas também desafia as fronteiras do pensamento convencional, incentivando uma reflexão profunda sobre as questões sensíveis e estéticas que moldam nosso olhar para o mundo”, complementa.

Programação

Nesta quinta-feira (16), às 19h30, acontece o espetáculo ‘Aurora da Minha Vida’, que se passa em uma sala de aula, onde diferentes crianças de várias personalidades são moldadas por seus professores para se encaixarem em modelos sociais e viverem em uma época da ditadura militar. A história trata das relações e conflitos sociais da década de 70 que também estão presentes nos dias atuais.

No dia 17, às 19h30, é a vez do espetáculo ‘Capitães da Areia’, narra a história de um grupo de órfãos e abandonados que se unem para formar uma família. Sob a liderança de Pedro Bala, o bando passa a ser conhecido como Capitães da Areia e sobrevivem à dura realidade das ruas, roubando e lutando pela sobrevivência de si e dos seus. Capitães da Areia é uma homenagem à obra homônima de Jorge Amado, que nos faz mergulhar no cotidiano dessas crianças que aprenderam a ser capitães de suas próprias vidas por entre as paredes frias da cidade. 

No dia 18, às 19h30, realiza o espetáculo ‘Uma Tempestade’, aborda  questões sobre opressão, classe social, preconceito étnico e relações de poderes numa perspectiva decolonial. É inspirado em ‘A Tempestade’, adaptação de Augusto Boal da obra homônima de William Shakespeare.

No dia 19, às 17h, finaliza com o espetáculo ‘Um Elefantinho Incomoda Muita Gente’, a turma apresenta uma adaptação baseada em uma obra representativa da dramaturgia infantil brasileira da década de 60, escrita pelo dramaturgo Oscar Von Pfuhl. O espetáculo é um protesto infantil contra algumas tiranias dos adultos e as relações de dominação/colonização presentes através de certas imposições que subestimam as capacidades de inteligência da criança. 

No enredo, Rebeca ganha um filhote de elefante em um sorteio no circo. A presença do mascote parece incomodar a todos os adultos da região. As crianças da história lutam por sua permanência uma vez que existe uma intimação da prefeitura solicitando a sua saída devido ao aterro dos fundos da casa de Rebeca. A visita do diretor do jardim zoológico parece mudar os rumos da história. Os ingressos estão à venda no site (sympla.com), e custam R$ 20. 

EFG em Artes Basileu França

A Escola do Futuro (EFG) em Artes Basileu França tem por missão promover e desenvolver a diversidade de gênero artísticos, bem como incentivar a difusão cultural e estimular pesquisa, visando à interação entre teoria e prática. A EFG é uma instituição ligada à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), que atualmente atende mais de três mil alunos. A origem da instituição se deu em 1967, na Escola de Artes Veiga, pioneira no segmento da arte em território goiano.

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