Itália bloqueia ChatGPT e abre investigação sobre o chatbot
A Agência de Proteção de Dados italiana informou nesta sexta-feira (31), que abriu uma investigação sobre o ChatGPT, da OpenAI, após uma suspeita de violação das regras de coleta de dados do aplicativo. A inteligência artificial está temporariamente banida para os usuários italianos.
Por: Julia Kuramoto
A Agência de Proteção de Dados italiana informou nesta sexta-feira (31/3), que abriu uma investigação sobre o ChatGPT, da OpenAI, após uma suspeita de violação das regras de coleta de dados do aplicativo. O chatbot sustentado financeiramente pela Microsoft, está sendo acusado também de não verificar a idade dos usuários, restrito para pessoas de 13 anos ou mais.
A agência alegou “a ausência de qualquer base legal que justifique a recolha e armazenamento massivo de dados pessoais para ‘treinar’ os algoritmos subjacentes ao funcionamento da plataforma”. Com isso, as autoridades do país desejam que o aplicativo se enquadre na lei de proteção de dados da União Europeia.
Sendo assim, a inteligência artificial está temporariamente banida para os usuários italianos. Essa decisão de efeitos imediatos tem como consequência a limitação provisória dos dados italianos em relação à OpenAI.
A OpenAI não respondeu imediatamente a um pedido de comentário feito por e-mail. Apesar da empresa não possuir sede na Europa, um representante foi designado para a região e deve comunicar em até 20 dias uma resposta ao caso, segundo a Ansa.
ChatGPT
Lançado no ano passado, o ChatGPT desencadeou lançamentos rivais de produtos similares ou que passam a integrar tecnologias semelhantes em seus aplicativos e produtos. O produto trata-se de um protótipo de um chatbot especializado em diálogo, ajustado com técnicas de aprendizado supervisionado.
Sendo assim, a estimativa é de que a inteligência tenha atingido 100 milhões de usuários ativos mensais em janeiro, dois meses após sua estreia. Além disso, foi considerado o aplicativo de consumo de crescimento mais rápido da história, de acordo com um estudo do UBS do mês passado.
Ademais, a Europol – agência de aplicação da lei da União Europeia – alertou para o uso indevido do aplicativo com fins como phishing, desinformação e crimes cibernéticos.
Atualmente comandada por Greg Brockman, a empresa atua em diversas áreas da inteligência artificial, prometendo “beneficiar toda a humanidade” com suas criações.
