17 de maio: Dia Internacional de Combate à LGBTfobia

No Brasil, comemora-se o Dia Internacional de Combate à LGBTfobia no dia 17 de maio. A data está incluída no Calendário Oficial desde 2010, previsto no Decreto de 4 de junho, assinado por Lula.

Postado em: 17-05-2023 às 15h42
Por: Julia Kuramoto
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Foto: Istock

No Brasil, comemora-se o Dia Internacional de Combate à LGBTfobia no dia 17 de maio. A data está incluída no Calendário Oficial desde 2010, previsto no Decreto de 4 de junho, assinado por Lula. Sendo assim, a celebração teve sua criação por movimento sociais, de defesa dos Direitos Humanos, em memória ao período em que deixou de se considerar o termo “homossexualismo”.

Publicado em 1952, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, elaborado pela Associação Americana de Psiquiatria, apontava a homossexualidade como uma doença a ser tratada. Além disso, na época, também se excluiu a homossexualidade da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID).

Dessa forma, o objetivo é suscitar o debate à respeito de diversos tipos de preconceitos contra as diferentes orientações sexuais e identidades de gêneros. Além disso, pretende gerar o desenvolvimento de uma conscientização civil sobre a importância do combate e criminalização da homofobia. Por esses motivos, movimentos sociais defendem que é crucial conscientizar as pessoas com base nesse tipo de opressão, e seus efeitos físicos em mentais.

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Crime

O Dossiê de Mortes e Violências contra LGBTI+ no Brasil revela que durante 2022 ocorreram 273 mortes violentas no país. Desse número, 228 foram assassinatos, 30 suicídios e 15 de outras causas. Esse material resulta do esforço coletivo de produção e sistematização de dados em relação à respeito da violência e violação de direitos LGBTI+.

Pandemia

Durante a pandemia, o grupo social ficou ainda mais vulnerável. Conforme um relatório, produzido pela Transgender Europe (TGEU) em 2021, que monitora dados levantados globalmente por instituições trans e LGBTQIA+, 70% de todos os assassinatos registrados na comunidade ocorreram na América do Sul e Central. Desse modo, 33% ocorreram no Brasil.

Segundo o psicólogo André Carneiro, um dos principais obstáculos da comunidade está relacionada à cultura cis heteronormativa.

“Infelizmente, o Brasil ainda é um país bastante preconceituoso e as consequências de atos discriminatórios apresenta prejuízos imensos a saúde mental das vítimas, como depressão, ansiedade, alcoolismo, vício em drogas e até mesmo suicídio”, acrescenta.

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