Inteligência artificial consegue prever se câncer de mama se espalhará

Cientistas do King's College London desenvolveram um modelo de Inteligência Artificial capaz de prever se o câncer de mama irá se espalhar.

Postado em: 26-05-2023 às 16h13
Por: Julia Kuramoto
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Foto: iStock

Pesquisadores do King’s College London (Reino Unido), desenvolveram um modelo de Inteligência Artificial (IA), que consegue prever se o câncer de mama de uma paciente irá se espalhar para demais partes do corpo. Sendo assim, a informação é importante para que os médicos façam indicações mais individualizadas de tratamento.

Desse modo, a criação do novo modelo deu-se a partir de testes em mais de 5 mil gânglios linfáticos, doados por 345 pacientes para biobancos. Assim, a tecnologia mede a resposta da estrutura que age como filtro de substâncias estranhas, como células cancerosas e infecções.

O estudo se foca em pacientes com câncer de mama triplo negativo, visto que apresenta maior probabilidade de retornar ou se espalhar durante os primeiros anos após o tratamento. O quadro é conhecido como câncer de mama secundário ou metastático.

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Tratamento por Inteligência Artificial

Em um artigo publicado nesta sexta-feira (26), no The Journal of Pathology, os estudiosos explicam que as células do câncer de mama costumam se espalhar inicialmente para os gânglios linfáticos na axila, que se localizam mais próximos do tumor. Dessa maneira, geralmente os pacientes recebem tratamento mais intensivo.

Além disso, os cientistas descobriram que mesmo quando as células cancerígenas não se espalham nos gânglios linfáticos, ainda era possível prever, a partir de marcadores, a probabilidade do câncer se espalhar para outras partes do corpo.

“Pegamos essas descobertas sob o microscópio e as traduzimos em uma estrutura de aprendizado profundo para criar um modelo de IA que, potencialmente, ajude os médicos a tratar e cuidar dos pacientes, fornecendo a eles outra ferramenta em seu arsenal para tentar prevenir o câncer de mama secundário”, afirma a médica e líder da pesquisa, Anita Grigoriadis.

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