Marcas próprias geram economia de até 40%

Produtos fabricados por supermercados são mais baratos e conquistam cada vez mais o bolso das donas de casa

Postado em: 01-08-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Produtos fabricados por supermercados são mais baratos e conquistam cada vez mais o bolso das donas de casa

Rhudy Crysthian

Os produtos de marca própria podem gerar economia em relação aos líderes da categoria, sendo uma ótima opção de economia para os clientes. Eles também possuem a mesma qualidade ou qualidade superior às das marcas líderes. Com preços mais acessíveis — em média, 40% mais baratos —, esses itens são mais uma alternativa para o consumidor que tenta economizar nas compras.

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A fabricação de produtos de marca própria é a aposta dos supermercados para manter o nível de vendas durante a crise econômica. Os produtos de marca própria representaram 4,9% do faturamento total dos supermercados, atacados e farmácias, de acordo com o 17º Estudo Anual de Marcas Próprias da Nielsen.

Quem antes via as marcas próprias dos supermercados como produtos de baixa qualidade, hoje tem tido uma postura diferente. Com preços competitivos e qualidade que vem ganhando os consumidores, as marcas produzidas pelas redes de supermercado têm ganhado espaço nas gôndolas e nos carrinhos de compras. Bom para o consumidor, melhor ainda para o varejista.

Segundo pesquisa da Nielsen, as marcas próprias movimentaram R$ 3,6 bilhões no Brasil entre agosto de 2014 e agosto de 2015. O número foi 6,1% maior do que o registrado no período anterior. Outra pesquisa realizada pela Kantar Worldpanel, em parceria com a Associação Brasileira de Marcas Próprias (Abmapro), constatou que 31,9 milhões de lares consumiram produtos de marcas próprias de supermercados no último ano, o que representa 500 mil novos em relação a 2014. A quantidade equivale a um crescimento de 35% desde 2010.

Para a professora aposentada Maria Iolanda de Jesus além do preço, o que mais ela avalia na hora de encher o carrinho de compras é a qualidade dos produtos. “Não dá para colocar na mesa da minha família qualquer tipo de alimento. A qualidade conta muito. E nesse sentido, os produtos de marcas próprias não perdem em nada para os de marcas famosas”, diz.

Ela comenta que consegue economizar com a compra dando preferencia para esses produtos, mas não sabe precisar quanto. “Só sei que consigo fazer o dinheiro render um pouco mais e comprar o que precisamos em casa”. Uma dica que ela oferece para quem ainda tem medo de investir em produtos de marcas próprias é fazer testes. “Compro um sabão de marca própria e testo o rendimento, por exemplo. Se for a contento, no próximo mês aquele produto eu troco todos da minha lista”, ensina.

O estudo também revela que, seguindo uma nova cultura de consumo, os consumidores avaliam cada vez mais a qualidade das marcas próprias. Uma média de 86% dos entrevistados disse dar prioridade à qualidade do produto na decisão de compra.

Investimentos

Seguindo essa tendência e focada na estratégia de aumentar a rentabilidade no mercado varejista, a Cencosud Brasil, rede da qual faz parte os Supermercados Bretas, aposta em sua marca própria Prezunic. Ao todo, são oferecidos 250 produtos entre alimentos, limpeza e perecíveis. Oferecer produtos de qualidade e com preço, em média, 15% mais barato com relação aos líderes de categoria é a proposta da marca.

A previsão para 2016 é dobrar o faturamento. A marca registrou um crescimento de vendas em mais de 100% em 2015, se comparado com o ano anterior, e estima crescimento de 88% este ano.

Até agora, em Goiás, o crescimento da marca em 2016 passa de 250% com relação ao mesmo período de 2015, com destaque para os lançamentos de produtos que aconteceram neste primeiro semestre.  “Queremos aumentar nossa penetração da marca nas categorias presentes e aumentar o market share nas vendas da Cencosud Brasil como um todo”, explica Diretor de Estratégia Comercial da Cencosud Brasil, Alejandro Arruiz. O faturamento corresponde a 2,2% da Cencosud Brasil.

Categorias básicas são mais presentes, com destaque para a cesta de alimentos e limpeza. Em Goiânia, de janeiro a junho de 2016 os produtos mais vendidos, em ordem, foram açúcar, feijão, óleo de soja, papel higiênico, azeite, molho refogado, palmito, enlatados, massas com ovos e produtos In natura. (Colaborou Ana Flávia Marinho)

Foto pinksky.com

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