Pesquisa é fundamental na hora de alugar imóvel em Goiânia

Wilton Morais
Em meio a inúmeras placas de ‘aluga-se’ em Goiânia, a saída para os locatários é procurar melhores preços por meio da boa pechincha. O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel, aponta inflação de 0,27% na segunda prévia de setembro deste ano. O número é superior ao 0,09% da segunda prévia de agosto. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o IGP-M acumula taxa de 10,74% em 12 meses.
Para o presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH) e do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (IBEDEC), Wilson Rascovit, o índice nacional não representa o cenário de Goiânia. “Existem muitos imóveis fechados na grande Goiânia, o que facilita uma negociação entre as partes. Nossa orientação é que, se aproveitando disso, o locatário vá atrás do seu imóvel ideal”, disse.
Elio Silva é cabeleireiro e proprietário de um terreno com várias salas comerciais, no setor Jardim América, em Goiânia. O empresário conta que, para alugar o imóvel mais rápido, está aceitando ofertas pelo preço de custo. “A sala está desocupada há praticamente dois meses, hoje estou alugando por R$ 700, um valor que está dentro do que vale, sai praticamente pelo custo”.

Evasão comercial 
Por outro lado, o gerente de locação Imobiliária Marcell Abranches discorda que em Goiânia existem muitos imóveis desocupados. “Com a evolução natural das grandes cidades, as empresas têm procurado espaços mais seguros, como salas e pavimentos comerciais, dentro de prédios que oferecem infraestrutura necessária para maior segurança”.
A reportagem do O HOJE realizou um percurso entre os terminais Praça A e Izidória, em Goiânia, e encontrou praticamente uma placa de aluguel para cada quadra. Isso, sem considerar os lados oposto as ruas. A sala de comércio de Elio se localiza neste percurso. “É normal a quantidade de imóveis desocupados, porém tenho expectativa que o mercado melhore, minha intenção é alugar rápido, ficar desocupado pode ser pior”, revela.

Meios
Mesmo com tantas dificuldades, e com a concorrência de vários imóveis para alugar, os contratos proporcionam maior garantia a quem procura um imóvel, assim como flexibilidade cadastral e uma maior variedade de meios contratuais. Para o presidente da ABMH, o locatário deve estar sempre atento aos seus direitos na hora de fechar o melhor negócio.
“É preciso levar em conta as dificuldades financeiras e até culturais no momento do fechamento de uma locação. Observamos a diminuição da figura do fiador em Goiânia, o que já é realidade em grandes centros do Brasil. Nesse sentido, o locador precisa se preocupar com a forma como o contrato é fechado, e observar que dependendo do erro neste momento ele pode ter a garantia anulada ou mesmo responder judicialmente por contrato errôneo”, orienta o gerente de locação Imobiliária.
Ao fechar o acordo, os contratantes tendem a finalizar o negócio diretamente com o proprietário de imóvel. 

Orientações para locação:
– Fazer pesquisa de preços
– Escolher o imóvel com preço mais adequado ao bolso
– Contratos protegem o consumidor
– O fiador pode ser uma opção de garantia para o locatário
– Analisar se o imóvel não possui restrições. Ex. imóvel financiado
– Comparar preço com demais imóveis da região
– Se o imóvel se localiza em condomínio, verificar quem paga a taxa
– Vistoriar o que há no imóvel, ex. eletrodomésticos

Fonte: ABMH e IBEDEC