Meta de inflação pode chegar a 3% no longo prazo, diz presidente do BC

De acordo com o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, o país está no caminho para a queda da inflação

Postado em: 31-01-2017 às 16h00
Por: Redação
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De acordo com o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, o país está no caminho para a queda da inflação

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse hoje
(31), em São Paulo, que o país está no caminho para a queda da inflação e que,
no longo prazo, a meta pode chegar a 3%, parecida com a de outros países
emergentes. “Isso a longo prazo. Ao longo dos anos, tomando decisões a cada
junho, [poderemos] levar a inflação para uma meta de 3%. Por enquanto estamos
buscando nossa meta atual, que é 4,5%”, disse a investidores em evento
organizado por um banco, na capital palista.

Perguntado sobre o crédito de curto prazo, Goldfajn disse
que no Brasil é preciso trabalhar com medidas que garantam mudanças
sustentáveis. Segundo ele, as iniciativas que estão sendo anunciadas pelo
governo têm foco no médio prazo e terão impacto duradouro.

De acordo com o presidente do BC, o Brasil está menos
vulnerável a choques externos do que no passado. Em 2016, o déficit de
transações correntes – saldo das trocas de mercadorias e serviços do Brasil com
o resto do mundo – fechou em 1,35% do Produto Interno Bruto (PIB). “Nossas reservas
ultrapassam 20% do PIB. Hoje a vulnerabilidade externa do Brasil é muito
menor”, analisou.

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Goldfajn disse ainda que a economia brasileira está em
período de recuperação dos fundamentos econômicos depois de uma crise que levou
o país a um tipo de choque de oferta, quando ao mesmo tempo houve recessão e
aumento da inflação. “Nesse caso isso levou nossa inflação para quase 11% e
nossa recessão para 8%. No Brasil levou a um crescimento das despesas públicas
e de algunas despesas privadas e gerou endividamento excessivo.”

Goldfajn disse aos investidores que o Banco central
apresentou recentemente a Agenda BC+, com medidas que abrangem quatro pilares
para aumentar a cidadania financeira, aprimorar o arcabouço legal, aumentar a
eficiência do sistema financeiro e reduzir o custo do crédito. (Agência Brasil)

Foto: reprodução (Marcos Santos/USP Imagens/ Fotos Públicas)

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