Supermercados têm alta de 7% nas vendas do primeiro trimestre

Expectativa do setor para este ano é de aumento de 4,5% | Foto: Reprodução

Postado em: 17-05-2021 às 08h07
Por: Luan Monteiro
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Expectativa do setor para este ano é de aumento de 4,5% | Foto: Reprodução

As vendas em supermercados tiveram alta de 7,06% no primeiro trimestre do ano em comparação com o período de janeiro a março de 2020. Segundo balanço divulgado na última quinta-feira (13/05) pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), na comparação entre março de 2021 e o mesmo mês do ano passado, o crescimento ficou em 4,31%.

Segundo o vice-presidente administrativo da Abras, Marcio Milan, com a previsão de abertura da economia conforme o avanço da vacinação, a tendência do setor é manter a estimativa de crescimento de 4,5% nas vendas do ano.

Milan lembrou que o aumento das restrições impostas nas quarentenas contra o coronavírus impactou parcialmente o resultado de março. “No final de março, ainda tivemos muitas restrições que ocorreram por determinações de legisladores municipais e estaduais”, explica.

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“O resultado deste primeiro trimestre reflete o cenário pandêmico consolidado com o fim da MP 936 e a volta ao normal da suspensão de trabalho e redução da jornada, e maior consumo dentro dos lares devido ao avanço da pandemia, com novas restrições de funcionamento de diversos estabelecimentos comerciais e maior isolamento social. O crescimento de março em relação ao mês de fevereiro foi impactado pelo efeito calendário, com três dias a mais de consumo”, completa.

Novos hábitos

O vice-presidente administrativo da Abras ressaltou que a perda de renda tem levado à mudança de hábitos de consumo. Ele deu como exemplo a substituição de carnes por ovos e disse que o consumo médio de unidades, que era de 195 por pessoa em 2019, chegou a 260 nos últimos 12 meses.

“Todas as vezes que o consumidor identifica que determinados produtos não estão cabendo no bolso, corre para fazer a substituição. Ele está procurando equilibrar o seu orçamento através de alternativas”, explicou.

No caso dos ovos, Milan ressaltou que existe também uma mudança de padrão de consumo, com a escolha de produtos considerados mais saudáveis.

Cesta básica

A cesta básica, com 35 itens mais consumidos nos supermercados, registrou alta de 0,70% na comparação com fevereiro, passando de R$ 633,38 para R$ 637,82.  No acumulado dos 12 meses o valor da cesta subiu 22,75%.

As maiores quedas nos preços da cesta de março foram registradas nos produtos: batata, – 11,75%; tomate, – 11,36%; queijo muçarela, -3,23%; queijo prato, -2,26%. As maiores altas foram nos itens: ovo, 6,64%; arroz, 4,30%; carne dianteiro, 3,25%; feijão e farinha de mandioca, 2,60%.

As regiões Sudeste e Centro-Oeste foram as únicas que registraram queda no valor da cesta Abrasmercado, -1,00% e -0,13%, respectivamente. A cesta do Sudeste passou de R$ 614,72 para R$ 608,55 e a do Centro-Oeste de R$ 597,75 para R$ 596,98.   

Alternativas para aumentar vendas

Levantamento nacional do Instituto Locomotiva, aponta que 47% dos mercados, restaurantes, lanchonetes e padarias ouvidos estabeleceram novos canais de venda a partir da pandemia, como forma de sobrevivência.

Com as restrições sanitárias em meio às fases laranja, vermelha e emergência, vender pelo telefone foi a saída e o método mais adotado pela maioria, com adesão de 71% dos comerciantes. Em seguida, vem o WhatsApp (63%), o e-commerce próprio (51%), as vendas online (42%) e os aplicativos de entrega (39%).

A pesquisa mostrou também que ao longo da pandemia empresários e comerciantes de todo o porte intensificaram a utilização de meios de pagamento sem contato. Quem já trabalhava o sistema, ampliou seu uso nos últimos 15 meses. 65% dos entrevistados contaram que inauguraram a modalidade nesse período.

As ferramentas mais utilizadas são: aproximação de celular (83%), QR Code (69%), aplicativos no celular, como Google Pay ou Apple Pay (32%) e envio de link por pagamento (18%). Ainda segundo a pesquisa, dobrou o número de bares, restaurantes, lanchonetes, padarias e mercados que lançou mão do delivery na pandemia, sendo que 81% dos estabelecimentos que começaram a atender dessa forma vão manter a modalidade quando acabar a quarentena. Até então, só 49% dos pesquisados entregava à domicílio.

“O aumento do e-commerce é um movimento que vimos crescer fortemente nos últimos meses, principalmente nas plataformas de entrega de comida. E o uso cada vez maior do link de pagamento é uma tendência no setor de benefícios, tanto que a VR foi a primeira a lançar este serviço para seus clientes”, explica Paulo Roberto Esteves Grigorovski, diretor executivo de Marketing e Serviços ao Trabalhador, da VR Benefícios. (Especial para O Hoje)

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