Coworking gera economia para empresas

Após impacto da pandemia, cerca de 30% de empresas deste porte precisaram se adequar

Postado em: 06-07-2021 às 08h13
Por: Carlos Nathan Sampaio
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Após impacto da pandemia, cerca de 30% de empresas deste porte precisaram se adequar | Foto: Reprodução

A pesquisa O impacto da pandemia de coronavírus nos pequenos negócios realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) revelou que aproximadamente 31% das empresas precisaram adequar seu modelo de funcionamento e estrutura para manter a saúde financeira e evitar gastos com espaço físico e locações de imóveis durante a crise sanitária. Cerca de 58,9% precisaram encerrar as atividades temporariamente, o que corresponde a 10,1 milhões de empresas. A maioria precisou romper contratos de alugueis como forma emergencial de contenção de gastos.

O reflexo disso foi o aumento da procura das empresas por escritórios compartilhados, com foco em redução de gastos e adaptação do negócio ao novo formato de trabalho híbrido. Escolher o ambiente profissional que melhor funciona para seu estilo de vida é a tendência que apareceu na pesquisa da JLL, empresa do mercado imobiliário para escritórios, com dois mil profissionais pelo mundo. Apenas 10% dos entrevistados querem voltar ao escritório em tempo integral. E 24% trabalhariam remotamente para sempre. Os outros 66%? Esses querem a flexibilidade para escolher o espaço que melhor funciona para seu estilo de vida.

“É o começo da era do ambiente de trabalho personalizado”, afirma Silvana de Oliveira, empresária e fundadora do Hub Cerrado, em Goiânia. O mundo do novo modelo híbrido mal começou e já se prova complexo. Mas não deveria ser uma surpresa que um terceiro espaço — que não é nem o escritório e nem a casa — apareça como preferência para 40% dos entrevistados pela JLL.

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Oportunidade em meio à crise

“Inauguramos o espaço no dia 1º de julho de 2019. E em 13 de março de 2020, Goiânia entrou em seu primeiro lockdown devido à Covid-19. Desses 24 meses de Hub Cerrado, apenas oito meses foram sem pandemia”, revela Silvana. De acordo com a empresária, a pandemia chegou em um momento delicado, quando o segmento imobiliário projetava um mercado promissor para 2020.

O Hub Cerrado, localizado em frente ao Parque Cascavel, em Goiânia, é um desses cenários empreendedores necessários para que o Brasil dê um passo à frente. A ideia do espaço compartilhado é criar um lugar onde o encontro entre grandes, pequenas e médias empresas, universidades e centros de pesquisa, investidores, startups e aceleradoras seja possível.

“A necessidade de se reinventar perante ao cenário foi crucial para a retomada dos negócios. Em meio à crise e, consequentemente, ao lockdown, paralisamos o Hub com uma queda substancial de clientes. Em seguida, obedecendo todas as restrições impostas, porém ainda vivendo o pânico de uma doença desconhecida, ajustamos nossas ações a uma realidade completamente nova,” conta.

Mesmo perdendo cerca de 90% dos clientes, em decorrência da pandemia, a equipe não desanimou e enxergou no cenário caótico a oportunidade de seguir em frente. “Sentimos, no início deste ano, a alta demanda de locais que pudessem receber as empresas e profissionais que precisaram entregar suas salas comerciais, e agora necessitariam de um novo espaço para retomada de suas atividades”, revela, lembrando que o empreendimento completa apenas dois anos em julho.

Trabalho híbrido

Segundo Silvana, empresas de pequeno, médio e grande porte vem reconhecendo e aderindo cada vez mais à essa mudança, entendendo como uma opção vantajosa que entrega flexibilidade, baixo custo, estrutura completa com internet de qualidade, salas privativas, salas de reuniões, entre muitos outros benefícios que chegam como solução aos empresários neste momento de adaptação.

O modelo oferece uma perspectiva de longo prazo, por também atender à nova realidade do trabalho em formato híbrido, que consiste na frequência do funcionário no ambiente físico menos vezes por semana e em rodízio. “Assim, a empresa pode ter um escritório menor, gerando economia e um fluxo de trabalho mais flexível para equipe”, considera Silvana.

E isso com redução de custos, com estrutura física para empresas de qualquer porte, localização estratégica e ambientes criativos, já que, de pequenas empresas a grandes corporações, um dos efeitos colaterais da pandemia da Covid-19 foi a necessidade de readequação e adoção do trabalho remoto. Os contratos variam de acordo com a necessidade do cliente. Isso tudo em uma ampla área verde, estúdio de vídeo, salas diferenciadas com mobília completa, ergonômica, acesso à internet e moderna área de convivência.

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