Startup aposta em permuta multilateral para beneficiar empresários

O mercado da permuta está em ascensão e promete faturamento médio de R $60 mil por mês.

Postado em: 17-07-2021 às 08h34
Por: Augusto Sobrinho
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O mercado da permuta está em ascensão e promete faturamento médio de R $60 mil por mês | Foto: Reprodução

Atualmente, fala-se bastante sobre como as formas de pagamento estão se modernizando e já podemos encontrar pessoas que não possuem carteiras com moedas e dinheiro em papel. Isso é possível devido à convergência para os aparelhos celulares, pois se tornou mais fácil e ágil pagar por suas compras com cartões virtuais, que passam com a aproximação do smartphone, ou através do Pix, WhatsApp Pay e outras formas.

Este modelo monetário de adquirir produtos e serviços através do pagamento em moedas, que representam valores, data do século VII A. C. As primeiras moedas, que geralmente eram em metal, surgiram na Lídia (atual Turquia), mas se popularizaram a partir do século XV com a queda do feudalismo e a ascensão do capitalismo pelo mundo. Este sistema econômico se baseia na propriedade privada dos meios de produção e sua operação com fins lucrativos.

Entretanto, esta não é a única forma de obter produtos e serviços. Ainda há aqueles que optam e apostam na famosa permuta que, segundo o dicionário Michaellis, é o termo utilizado para a troca recíproca de coisas entre seus donos. Por exemplo, se eu desejo adquirir um determinado imóvel no valor de cem mil reais e possuo um veículo que iguale este valor, posso entrar em um acordo com o dono do imóvel e fazer a troca, sem a necessidade de movimentação em dinheiro.

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Este modelo de troca de produtos e serviços, apesar de muitos afirmarem que é bastante antigo e acreditarem que é pouco utilizado, ultrapassou gerações e, com as novas tecnologias, se adaptou às novas exigências e está se expandindo pelo mundo. Além disso, estimula os negócios locais. Já existem empresas especializadas em intermediar essas trocas e garantir uma permuta multilateral, que beneficie ambos envolvidos na negociação.

É o caso do startup “Kaz”, uma plataforma que permite que empresários troquem os produtos e serviços que possuem pela moeda digital KAZ (Kz), e a gastem consumindo qualquer outro produto ou serviço de outros empresários cadastrados em todo o Brasil. O CEO da rede, Matheus Albuquerque, afirma que criou esse negócio, em janeiro de 2021, após experiência sendo dono de duas lojas de roupas masculinas e sócio/fundador de duas instituições de ensino.

Matheus conta que percebeu que a maior parte do público que ele atendia nos seus empreendimentos era da classe empresarial. Com isso, ele acompanhou e percebeu as dificuldades desses empresários, principalmente em relação a crédito, fluxo de caixa e capacidade ociosa. Por isso, decidiu criar um novo modelo de negócio para atender essa classe, que foi bastante afetada no último ano pela pandemia do novo coronavírus.

 “Quando criei a Kaz, a ideia era permitir aos empresários fazerem trocas com meus colégios e trocas entre si através do programa Permuta Kaz. Desta forma, o programa facilitaria a entrada de novos clientes nas empresas e o aquecimento do comércio. Hoje repaginamos a permuta para aumentar o poder de compra e preservar o fluxo de caixa das empresas e com a tecnologia, criamos uma moeda digital e uma plataforma que são apenas coadjuvantes em meio a um modelo de mercado que nunca deixará de ser tendência”, afirmou.

Atualmente, a marca possui sete unidades ao todo, sendo uma unidade própria em Montes Claros (MG), uma recém-inaugurada em Patos de Minas (MG) e cinco a serem inauguradas: Patrocínio (MG), Juiz de Fora (MG), Porto Seguro (BA), Eunápolis (BA) e Teixeira de Freitas (BA). Mas, com o modelo de microfranquias, a meta da empresa é comercializar três novas unidades por mês no segundo semestre de 2021.

Segundo o CEO da rede, um franqueado pode obter um faturamento médio de R $60 mil por mês após o primeiro ano. Mas para montar um escritório “Kaz” do zero será necessário investir R $28 mil, sendo possível montá-lo em estrutura própria, cortando os custos praticamente pela metade. A taxa de franquia varia de acordo com a quantidade de habitantes da cidade. O valor mínimo é de R $16 mil e a previsão de retorno do investimento varia de 9 a 12 meses.

Este é um ramo que promete ser bastante lucrativo agora com a retomada da economia, pois o franqueado tem o papel de conectar os empresários da sua cidade para fazerem negócios. Além disso, ele estará diariamente aproveitando e desenvolvendo o seu networking para lucrar mais. Qualquer empresário que possua CNPJ pode franquear a “Kaz”, que também dará todo suporte operacional, arquitetônico, financeiro, advocatício, comercial, de T.I e Infraestrutura.

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