Petrobras aumenta preços ‘muito mais rápido’ que outros países, diz presidente do Banco Central

Previsão é de preços mais altos, crescimento mais baixo da economia e juros ainda mais elevados em 2021 e 2022.

Postado em: 14-09-2021 às 17h29
Por: Alice Orth
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Previsão é de preços mais altos, crescimento mais baixo da economia e juros ainda mais elevados em 2021 e 2022. | Foto: Reprodução

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira (14/09), que não deve alterar o plano de política monetária a cada divulgação de nova alta de inflação. A taxa básica de juros, no entanto, será elevada para alcançá-la. “Vamos levar a Selic aonde precisar, mas não vamos reagir sempre a dados de alta frequência”, disse.

“A parte de passar esse preço de commodities para o preço interno no Brasil, o mecanismo é um pouco mais rápido, lembrando que a Petrobras, por exemplo, passa preços muito mais rápido do que a grande parte dos outros países. A gente tem olhado isso também”, afirmou.

Segundo ele, nunca houve tantos choques de inflação em um período tão curto no Brasil. O presidente do BC destacou as altas nos preços de alimentos, energia elétrica e combustíveis, e reconheceu que a inflação em 12 meses tem sido acima da meta.

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A previsão, segundo os economistas que participam do evento MacroDay 2021, do BTG Pactual, é que haja preços mais altos, crescimento mais baixo da economia e juros ainda mais elevados em 2021 e 2022.

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