Empregos na saúde ajudaram reduzir desocupação no estado

Segundo IMB, o saldo total é superior a 37 mil vagas criadas e o estado subiu duas posições se comparado ao 1º trimestre desse ano

Postado em: 09-10-2021 às 15h00
Por: Maria Paula Borges
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Segundo IMB, o saldo total é superior a 37 mil vagas criadas e o estado subiu duas posições se comparado ao 1º trimestre desse ano | Foto: Reprodução

Os dados do Boletim da Economia Goiana, elaborado pelo Instituto Mauro Borges (IMB), Goiás está entre os cinco estados brasileiros que mais geraram empregos formais durante o segundo trimestre de 2021. Segundo o órgão jurisdicionado à Secretaria-Geral da Governadoria (SGG), o saldo total é de 37.987 vagas criadas e o estado subiu duas posições na comparação com o primeiro trimestre de 2021.

O saldo é resultado do número total de 302.405 movimentações realizadas no mercado de trabalho goiano, sendo 170.196 trabalhadores admitidos e 132.209 desligados. Goiás ficou atrás de quatro estados, sendo eles São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. Para o governador Ronaldo Caiado, um dos objetivos da gestão é criar um ambiente propício para a abertura de mais vagas de trabalho. “Não tem coisa melhor, apesar das dificuldades, fazemos a tarefa de casa, e colocamos a economia goiana para girar”, destacou ele.

Conforme os dados apresentados pelo estudo do IMB, os setores que mais concentram emprego são relacionados ao comércio, comportando 19,8%. Já serviços públicos, 17,9%, e a indústria, com 12,5%. Estes três grupos foram responsáveis por 50,2% das ocupações em Goiás, entre abril e junho deste ano.

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Para relatar o desempenho econômico goiano em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o IMB identificou o impacto causado pela pandemia da Covid-19 nos principais segmentos econômicos da unidade federativa, como mercado de trabalho, fluxo comercial e o cenário de crédito. “Estes dados apontam que estamos no caminho certo na proposta do governador Ronaldo Caiado para retomada da economia. Vemos que, na medida em que a vacinação contra a Covid-19 avança, o mercado volta à ativa e recontrata. A área do comércio é uma delas, conforme vemos no levantamento do IMB”, diz o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.

O secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviços, José Vitti, avalia que as inúmeras ações do governo durante a pandemia para ajudar principalmente os micro e pequenos empreendedores foram determinantes para a recuperação e a geração de novos empregos formais. “Foram adotadas várias medidas que permitiram a volta dos empregos e a retomada das atividades econômicas mais importantes”, disse Vitti.

Para o Secretário de Estado da Retomada, César Moura, a qualificação da mão de obra também contribuiu para os números do saldo. “Quando a Secretaria da Retomada foi criada e assumimos o Sine, em agosto de 2020, a média de vagas ofertadas era de 500 oportunidades. Depois da implantação do Programa Mais Empregos, temos cerca de 4 mil vagas de trabalho. Muitas delas não são preenchidas, e isso também é um problema. Identificamos que muitas vezes o motivo é pela falta de qualificação profissional. Por determinação do governador Ronaldo Caiado, trabalhamos pesado na reformulação dos Colégios Tecnológicos, na capacitação dos trabalhadores goianos”, relata.

Já o economista responsável pela condução do estudo, Anderson Mutter Teixeira, o relatório é importante também por ser uma informação valiosa para os empresários e para a sociedade. “Esse tipo de relatório é importante não somente para quem desenha políticas públicas no Estado de Goiás, como também é uma informação valiosa para os empresários e para a sociedade goiana. Com essas informações em mãos, os nossos agentes econômicos e a sociedade goiana poderão organizar, planejar suas ações econômicas para os próximos períodos”.

Desde janeiro deste ano, a evolução do estoque de empregos em Goiás tem crescido consideravelmente. Em junho, o número chegou a 1.325.030, representando quantidade 9% maior que o mesmo período do ano anterior. Isso aponta um acréscimo de 109.403 vagas geradas.

Diminuição da desocupação

Os dados do estudo do IMB apontam ainda uma melhora significativa na taxa de desocupação do estado de Goiás. No 2º trimestre de 2020, o estado goiano ocupava o 13º lugar no ranking entre as federações com as menores taxas de desocupação. Já no mesmo período de 2021, Goiás passou a ocupar a 8ª colocação. O saldo positivo é de mais de 38 mil pessoas que deixaram a desocupação em relação ao mesmo período de 2020. Atualmente, com taxa de 12,4%, contra 13,5% em 2020, o estado permanece abaixo da média nacional, de 14,1%.

Conforme os resultados da pesquisa, a queda está relacionada com o aumento das contratações em diversos setores do mercado. As atividades voltadas à saúde humana e serviços sociais; comunicação, atividades administrativas e financeiras; além de serviços domésticos foram os setores com maior aumento no número de contratações. Ao todo, contabilizam 32 mil, 28 mil e 22 mil pessoas contratas nos setores, respectivamente. O boletim da Economia Goiana, devido a imunização contra a Covid-19, ressalta a expectativa na queda do desemprego no próximo trimestre. Isso se deve ao fato de haver uma previsão de fortalecimento da economia com a retomada das atividades econômicas mais afetadas pela crise sanitária, como bares, restaurante e atividades de lazer em geral.

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