Pandemia: 59% das empresas estão funcionando com mudanças e 6% fecharam as portas

Sebrae Goiás divulgou dados atuais sobre empreendedorismo e economia no cenário dos pequenos negócios no Estado

Postado em: 25-12-2021 às 13h00
Por: Carlos Nathan Sampaio
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Sebrae Goiás divulgou dados atuais sobre empreendedorismo e economia no cenário dos pequenos negócios no Estado | Foto: Reprodução

Os quase 20 milhões de pequenos negócios ativos e formalizados no Brasil, sendo que, 664 mil em Goiás e 212 mil que estão em Goiânia foram fortemente impactados pela pandemia do coronavírus, provocando e antecipando profundas mudanças na realidade cotidiana das pequenas empresas e sociedade em geral. Por conta disso, o “empreendedorismo e economia – cenário dos pequenos negócios” foi a pauta da coletiva de imprensa que o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Goiás) realizou nesta segunda-feira, 20, em sua sede.

Na ocasião, a diretoria da instituição anunciou as mudanças que ocorreram em virtude do momento pandêmico, soluções de reestruturação dos pequenos negócios, tendências de mercado pós-pandemia e as oportunidades de negócios em Goiás para 2022 também constaram na pauta da coletiva. Dentre os números em destaque, de dados econômicos do segmento econômico que mais gera novas oportunidades de trabalho, distribui renda e é a alternativa de melhorias de vida para milhares de empreendedores, pesquisas realizadas pelo Sebrae, Fundação Getúlio Vargas, dentre outras instituições, mostraram que 85% das empresas estão atuando e que destas, 59% estão funcionando com algum tipo de mudança em virtude da pandemia.

No mesmo sentido, a pesquisa apresentou que, o índice de inadimplência entre as empresas caiu para o menor patamar desde o início da pandemia, que 9% estão com o funcionamento interrompido temporariamente e que apenas 6% fecharam as portas. “Estar atento ao que está surgindo no mercado é fundamental para que as empresas conheçam o cenário do qual estão fazendo parte. A atenção à sustentabilidade e a inclusão também se tornaram imprescindíveis para quem quer ver um novo negócio prosperar. É o diferencial de muitas empresas”, disse o diretor superintendente do Sebrae em Goiás, Antonio Carlos de Lima sobre as empresas que continuaram funcionando, mas mudaram.

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Ainda durante a coletiva, a diretoria reforçou que pensar produtos, serviços, e atendimento incluindo grupos antes “invisíveis” à indústria é um dos movimentos que está marcando o diferencial de muitas empresas. Quem decidiu escutar e apostar nestes grupos enquanto consumidores diretos, aliás, tem descoberto neles um público de alto potencial. Mas conquistar a confiança e a admiração do público geral é uma questão de saber demonstrar abertura e capacidade de inovação para implementar novas soluções focadas em atender o público de forma muita mais ampla e inclusiva como as pautas sociais (e raciais), acesso PcD e pet families.

Antonio Carlos ainda ressaltou porque é tão importante as MPEs se recuperarem. Somente em Goiás, elas são responsáveis por 83% dos empregos gerados. Percentual maior que o nacional que é de 79%. Segundo dados do CAGED, de janeiro a outubro deste ano foram gerados 88.457 novos postos de trabalho em Goiás. Além disso, Antônio Carlos aponta que, 55% da massa salarial do estado está nas pequenas empresas. “As empresas tiveram que se adaptar, se reorganizar e se ajustar para enfrentar o novo cenário pandêmico. Não foi fácil, mas os números mostram vontade e necessidade de superação fizeram a diferença”, enfatizou.

Expectativa

Para o diretor superintendente, a expectativa para 2022 é de números melhores do que os deste anos, mesmo tendo em vista que o cenário não é muito positivo, com inflação e juros altos. “Ao mesmo tempo em que as medidas foram tomadas, ainda temos um alto índice de desemprego. Acredito que o trabalho do Sebrae vai promover o desenvolvimento dos empreendedores e fortalecer os pequenos negócios. Como consequência, vamos gerar mais emprego e renda. É um passo de cada vez”, enfatiza, lembrando que o Sebrae Goiás não agiu sozinho: fez parcerias que garantiu crédito para muitos empreendedores, como é o caso da Goiás Fomento, Sicoob, Goiás Turismo, Secretaria de Educação entre tantos outros. Um exemplo é a 4ª do Crédito que visa facilitar esse acesso à recursos por parte de quem mais precisa neste momento.

Para o diretor de tecnologia do Sebrae Goiás, João Carlos Gouveia, a previsão é de que haverá a consolidação dessas empresas que não fecharam, crescimento das que tiveram o funcionamento interrompido e, conforme o ambiente econômico do País, a expectativa é que muitos CNPJs sejam abertos em Goiás e no Brasil. O Diretor Técnico, Marcelo Lessa, faz a mesma projeção. Ele disse que vislumbra para o próximo ano, um cenário muito melhor para as MPEs, assim como para toda economia brasileira.

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