Economia criativa se recupera e setor que inclui academias sai da zona dos mais atingidos

A pesquisa ainda revela que 65% das empresas da Economia Criativa estão funcionando com adaptações

Postado em: 08-01-2022 às 13h00
Por: Raphael Bezerra
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A pesquisa ainda revela que 65% das empresas da Economia Criativa estão funcionando com adaptações | Foto: Reprodução

Um dos setores mais atingidos pelas medidas de restrições para frear o avanço da Covid-19 no país apresentou resultados positivos na recuperação dos lucros e prejuízos durante o período. A economia criativa, junto às academias, recuperaram o fôlego, com destaque para as academias que experimentaram uma  20 pontos percentuais, passando de uma queda de faturamento de -40% para -20%.

A economia criativa recuperou 19 pontos percentuais após ver o faturamento sair de -64 em agosto para -45% em novembro, segundo a 13ª edição da Pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus nas Micro e Pequenas Empresas, realizada pelo Sebrae em parceria com a FGV.

“A Economia Criativa continua sendo o segmento mais impactado pela pandemia, mas a queda nos casos de Covid-19, devido ao aumento da vacinação, fez com que os empreendedores desse segmento voltassem a operar, apesar dos aumentos de custos e da inflação. Esse segmento chegou a apresentar queda de faturamento de 86%, em março do ano passado”, explica o presidente do Sebrae, Carlos Melles. Além das empresas desse setor, os outros quatro que mais sofrem com perdas de faturamento são Turismo e Beleza (-42%), Artesanato (-38%) e Logistíca e Transporte (-37%).

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A pesquisa ainda revela que 65% das empresas da Economia Criativa estão funcionando com adaptações e 14% ainda continuam com as operações fechadas temporariamente. Na 12ª edição da pesquisa, 31% estavam com o funcionamento interrompido. “Assim como os outros segmentos, a Economia Criativa também tem sofrido com o aumento dos custos e com a falta de clientes, o que impede uma retomada mais acelerada”, observa o presidente do Sebrae.  Segundo o levantamento, 50% dos empreendedores alegaram o aumento dos custos como a maior dificuldade para a retomada e outros 25%, reclamaram da falta de clientes.

O avanço da vacinação foi o principal motivo para o retorno dos alunos às academias. Apesar de não haver a obrigação da apresentação do cartão de vacina nas academias, é comum que algumas empresas cobrem o comprovante na hora da inscrição. 

Phellipe Santos, que é personal trainer, explica que o movimento tem crescido, tanto em aulas particulares como nas academias. “Sofremos muito com o fechamento das nossas atividades, mas o arrefecimento da pandemia trouxe um alívio para que a gente voltasse a atuar. As atividades físicas são muito importantes para a prevenção de doenças e fortalecimento do sistema imunológico. A prática das atividades dentro da academia pode ser segura se as medidas forem seguidas à risca, em especial o uso de máscara”, diz.

Durante os períodos mais críticos da pandemia, a prática de exercícios físicos foram levados da academia para o ar livre. Phellipe diz que houve um aumento na procura por treinamentos em parques e praças e que o movimento ajudou a manter os profissionais em atividade.

As mudanças implementadas por 73% dos donos de pequenos negócios do segmento de academias surtiram efeitos e fizeram com que essa atividade se tornasse uma das menos afetadas pela pandemia. Com perda de faturamento de -20%, apenas os segmentos de pet shops, indústria e agronegócio estão com resultados negativos menores.  As academias, desde o início da pandemia, chegaram a apresentar queda de -87% no faturamento, a segunda maior entre os segmentos analisados. Em primeiro lugar foi o Turismo que presenciou perdas de -88%.

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