Indicador de emprego tem segunda queda consecutiva e encerra 2021 com declínio de 81,8 pontos

É a segunda queda consecutiva do indicador, que chegou ao menor patamar desde abril do ano passado

Postado em: 07-01-2022 às 09h11
Por: Agência Brasil
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É a segunda queda consecutiva do indicador, que chegou ao menor patamar desde abril do ano passado | Foto: Reprodução

O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve queda de 1,2 ponto em dezembro, encerrando 2021 com 81,8 pontos. É a segunda queda consecutiva do indicador, que chegou ao menor patamar desde abril do ano passado.

O Iaemp busca antecipar tendências do mercado de trabalho para os próximos meses e é calculado com base em entrevistas com consumidores e empresários da indústria e do setor de serviços.

Cinco dos sete componentes do indicador tiveram queda, com destaque para a situação atual dos negócios da indústria, que recuou 7 pontos, e para tendências dos negócios de serviços, que cedeu 3 pontos. Os dois componentes que tiveram alta foram situação atual dos negócios de serviços (2,5 pontos) e emprego previsto da indústria (2,2 pontos).

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“A desaceleração da economia no final de 2021, observada nos principais setores, parece ser o principal fator para esse resultado já que a pandemia, neste momento, parece controlada. Para os primeiros meses de 2022, é difícil vislumbrar um cenário muito favorável para o mercado de trabalho considerando o frágil ambiente macroeconômico que deve persistir no curto prazo”, afirma o economista da FGV Rodolpho Tobler.

Indústria

A produção industrial do país caiu 0,2% de outubro para novembro de 2021. Foi a sexta queda consecutiva do indicador, que acumula perdas de 4% no período de seis meses. Os dados da Pesquisa Industrial Mensal foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com novembro de 2020, a queda foi de 4,4%. Apesar disso, no acumulado do ano e no acumulado de 12 meses, a indústria acumula altas, de 4,7% e de 5%, respectivamente.

Na passagem de outubro para novembro, 12 das 26 atividades industriais tiveram queda na produção. As perdas mais relevantes foram observadas nos segmentos de borracha e de material plástico (-4,8%), metalurgia (-3%), produtos de metal (-2,7%), bebidas (-2,2%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,6%).

Treze ramos da indústria tiveram alta. Os destaques foram produtos alimentícios (6,8%), indústrias extrativas (5%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (2,9%).

Entre as quatro grandes categorias econômicas da indústria, bens de capital, isto é, máquinas e equipamentos usados no setor produtivo, foi a única com queda (-3%). Os bens de consumo duráveis, por outro lado, apresentaram o único ganho no mês (0,5%). Bens de consumo semi e não duráveis e bens intermediários (insumos industrializados usados no setor produtivo) mantiveram-se estáveis.

Inflação

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) fechou 2021 com inflação acumulada de 17,74%. A taxa ficou abaixo da observada no ano anterior (23,08%). O dado foi divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Em 2021, a maior alta de preços foi observada no atacado. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede o segmento, fechou o ano com inflação de 20,64%.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede o varejo, registrou taxa de 9,34% em 2021. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve inflação de 13,85% no período.

Em dezembro de 2021, o IGP-DI ficou em 1,25%, acima do índice de novembro, que teve queda de preços de 0,58%, e de dezembro do ano anterior, que registrou inflação de 0,76%. Entre os segmentos analisados, as taxas registradas foram as seguintes: IPA (1,54%), IPC (0,57%) e INCC (0,35%).

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