Influenciador digital: profissão de sucesso nas redes sociais e cobiçada pelas marcas

Pesquisa aponta que 71% das empresas consideram as campanhas com criadores de conteúdo como importantes em suas estratégias de comunicação

Postado em: 05-02-2022 às 16h00
Por: Ícaro Gonçalves
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Pesquisa aponta que 71% das empresas consideram as campanhas com criadores de conteúdo como importantes em suas estratégias de comunicação | Foto: Reprodução

O mercado publicitário tem vivido momentos de transição nos últimos anos. Marcas estão enfrentando concorrência cada vez maior, ficando cada vez mais caro impactar os possíveis clientes utilizando as tradicionais mídias de comunicação. Uma estratégia que tem sido buscada para alcançar bons resultados, especialmente nas redes sociais, tem sido o chamado marketing de influência, no qual marcas investem na divulgação de seus produtos ou serviços por meio dos influenciadores digitais.

Quando bem planejado, o apoio de influenciadores digitais tende a trazer resultados positivos, seja para as vendas, ou mesmo em benefício da reputação da marca e aumento do engajamento de seguidores. Uma pesquisa divulgada pela Betway Insider em 2021 mostrou que 55% dos usuários de redes sociais buscavam a opinião de um influenciador digital antes de comprar algum produto importante. Além disso, 73% já fecharam uma compra por causa de um influencer e 86% dos usuários já descobriram um produto por meio desses profissionais.

Outro dado relevante sobre o setor pode ser visto em uma pesquisa sobre marketing de influência e o retorno de investimentos das marcas, realizado pela Youpix/Brunch. De acordo com o levantamento, 71% das empresas consideram a parceria com criadores de conteúdo como importante para suas estratégias de comunicação e pretendem aumentar os investimentos na área.

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Não há dúvida que o trabalho de influenciadores tem sido um grande aliado para empresas em meio as redes sociais. Contudo, engana-se quem pensa que produzir conteúdo para as redes é atividade fácil. A empresária Carol Angotti, de 38 anos, é dona de uma agência especializada em relações públicas digitais e marketing de influência em Goiânia, e atua no setor desde 2007. Segundo Carol, os influenciadores que almejam agregar valor ao seu trabalho e conquistar boas parcerias com as empresas precisam fazer muito mais do que apenas publicar fotos interessantes e receber likes no Instagram.

“Além de conhecimento específico sobre seu nicho de seguidores, é necessário entender um pouco de criação de conteúdo, marketing, branding, direção de arte, entre diversas outras habilidades que possam garantir uma boa performance no digital. Habilidades como saber como fotografar, gravar, editar e roteirizar, além de estarem atentos às atualizações de cada rede social”, destaca a empresária.

Carol ainda observa que não existem formatos padrões para um criador de conteúdo alcançar sucesso. Cada influencer deve apostar na autencidade e originalidade de seu conteúdo para cativar o público. “Não existe uma receita de bolo, mas existem algumas características muito comuns em influenciadores de sucesso que devem ser levadas em consideração. A principal delas é a autencidade, ou seja, conseguir passar a sua opinião de forma muito particular e autêntica. Em um primeiro momento as pessoas querem saber o que você tem para falar, depois disso, o que fará elas ficarem ou as marcas se interessarem, é como você fala. Esse como e esse porquê é o que fez com que vários criadores se tornassem referência, conquistando públicos imensos e engajados”, conclui Carol.

Carreira dos sonhos

A possibilidade de alcançar a fama e a independência financeira como influenciador digital é hoje o sonho de muitos jovens. A profissão dá aos interessados a oportunidade de “ser você mesmo”, o que muitas vezes cativa o público justamente pela intimidade do conteúdo apresentado. “É uma profissão que permite que esses jovens expressem suas individualidades e sejam aceitos por grupos que se identifiquem com os mesmos valores. Muitas pessoas, principalmente os creators, conquistam independência financeira criando de forma autoral, desenvolvendo sua criatividade. Existem também aqueles que se encantam pela fama e pela visibilidade que as publis e parcerias podem trazer”, observa Carol Angotti.

A especialista comenta que, apesar da profissão ter crescido nos últimos anos, mostrando cada vez mais seu poder para o mercado publicitário, influencers ainda sofrem preconceitos, sendo vistos como “blogueirinhos”, termo que quase sempre é usado de forma pejorativa. “O momento de transição de carreira pode ser muito delicado. Infelizmente, para algumas pessoas, pode ser uma etapa muito instável emocional e financeiramente, principalmente no início, e isso faz com que muitos desistam. Para reverter esse quadro, buscamos apoiar cada uma delas com conhecimento. A partir do momento que a influencer entende que também precisa de uma rotina, ela começa a se profissionalizar e consegue sair desse lugar de incertezas e medos”, destaca Carol.

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