Novos contratados são mais suscetíveis as dívidas

Levantamento sobre a intensão de gastos é mais presente em jovens menores de 35 anos

Postado em: 18-07-2022 às 09h10
Por: Victória Vieira
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Levantamento sobre a intensão de gastos é mais presente em jovens menores de 35 anos | Foto: Reprodução

No começo de julho foram divulgados os resultados da pesquisa relacionada a intenção de Consumo das Famílias (ICF) no Brasil. O levantamento mostra que houve um salto maior de 80,2 pontos em junho, comparado ao do ano passado.

Diante desse fator, apesar da crise econômica enfrentada pelo país, a realidade parece diferente entre a população brasileira. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o resultado apontado é justificado pela estabilidade no mercado de trabalho.

Desemprego ao redor do Brasil 

O estudo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que a taxa de desemprego no Brasil chegou a 9,8% no trimestre em maio, ou seja, o menor resultado desde 2015.

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Isso significa que o cenário pode ter melhorado comparado com dados passados, mesmo que a população esteja enfrentando dificuldades. Segundo informações do Poder 360, o recuo mostra uma queda de 30,2%, isto é, menos 4,6 milhões de pessoas desocupadas.

A perspectiva da diminuição do desemprego estimula o otimismo nas pessoas. Para o comércio, essas notícias são um grande alívio, para os consumidores, pode ser o começo de dívidas.

Quem gasta mais?

O levantamento sobre a intenção de gastos é mais presente entre jovens menores de 35 anos. Eles apresentam 110,8 pontos, caracterizando como números satisfatórios. Com a Perspectiva de Consumo, é esperado que o cenário permaneça em evolução até o fim do ano, gerando um crescimento de 19,7%.

Ao conseguir um emprego, as contas de energia, água e as despesas relacionadas à alimentação são o principal foco. Obviamente, para as famílias os objetivos são diferentes dos jovens. A pesquisa alega um nível satisfatório de 110,8 pontos.

O aumento está inserido no contexto de ser “o primeiro emprego”, querer gastar todo o dinheiro de forma independente. Ano passado, uma análise realizada através dos dados disponibilizados pelo Serasa, dos 62 milhões de brasileiros contabilizados em março do ano passado, 12% são jovens de até 25 anos. Entretanto, é a partir dessas características que a educação financeira é essencial para a vida desde cedo.

Educação financeira pode ser a solução, por exemplo para entender sobre juros compostos e não cair em ladainha de gerente de banco oferecendo empréstimo, não cair em cheque especial e cartão de crédito com limite alto e anuidade, cobrança de pacote de serviços essenciais que poderiam ser gratuitos”, explica a administradora de finanças pessoais, empresária e youtuber, Nathalia Rodrigues.

“Não falta só educação financeira, mas interpretação de texto, matemática. Educação financeira é importante nas escolas e em casa, para normalizar a conversa sobre dinheiro”, acrescenta.

Novo emprego, novas metas

De acordo com a CNC, com a melhora do mercado de trabalho, ainda sim o consumo de classes baixas é mediano em relação ao aperto do orçamento familiar.

“Efeitos dos programas de renda e da melhora do mercado de trabalho, tendo em vista que as escolhas de consumo nas classes mais baixas são mais influenciadas pelas flutuações econômicas, por conta de o orçamento familiar ser mais apertado.”, explicou.

Visando os resultados positivos recentes do mercado de trabalho, houve um incentivo do consumo nas famílias. Consequentemente, para alguns, o fato de ter encontrado um emprego, ainda nem ter recebido o salário e estar fazendo compras antecipadas, pode ser um problema. Porém, existem saídas e medidas de poder economizar da melhor forma. As compras podem ser feitas de maneira consciente.

“O primeiro passo é entender sua relação com o dinheiro, começar a organizar as dívidas, a entendê-las e a negociar. Busque colocar essa organização financeira no papel. tenha metas não só na mente, escreva e coloque em prática como um hábito. Coloque uma meta e vá dividindo as tarefas durante o ano”, aconselha Nath.

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