Pix já é o segundo meio de pagamento mais usados em apps de transportes locais

A forma de pagamento já ultrapassou a quantidade de corridas feitas no cartão de débito, que até então era o segundo colocado na preferência dos usuários

Postado em: 31-08-2022 às 09h19
Por: Ícaro Gonçalves
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A forma de pagamento já ultrapassou a quantidade de corridas feitas no cartão de débito, que até então era o segundo colocado na preferência dos usuários | Foto: Reprodução

A rápida aceitação e adesão do Pix entre os brasileiros surpreendeu as instituições financeiras. Em menos de dois anos, esse método de pagamento se consolidou na preferência dos usuários, principalmente em apps de transportes regionais. 

Segundo uma pesquisa realizada pela Gaudium, startup de tecnologia focada em mobilidade urbana e logística, o Pix já é a segunda principal forma de pagamento em corridas de aplicativos de transporte e ultrapassou a quantidade de corridas realizadas no cartão de débito, que até então era o segundo colocado na preferência dos usuários. 

A diferença ainda é mínima, 11,6% no Pix, contra 11,5% no cartão de débito, mas foi a primeira vez que o Pix apareceu numericamente à frente do débito em um mês inteiro. Apesar do avanço do pagamento instantâneo, o dinheiro segue sendo disparado a principal forma de pagamento em corridas de aplicativo. Aproximadamente sete a cada 10 corridas são pagas fisicamente. 

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Segundo o sócio-executivo da Gaudium, Bruno Muniz, o Pix conquistou espaço pela simplicidade e a praticidade para passageiros e motoristas. “O Pix oferece mais flexibilidade financeira aos passageiros. Existem menos chances dos usuários transferirem valores errados ou caírem em golpes. Para motoristas, o valor é debitado na hora e não é preciso ir pagar por taxa de maquininha”, revela o executivo.

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Como evitar golpes

Todo o dia criminosos tentam aplicar mais de 7 mil golpes em usuários do PIX. Esse número foi detectado pela empresa de cibersegurança Psafe, que somou 424 mil ocorrências entre abril e maio deste ano. Nem toda a tentativa é convertida, mas já é perceptível a procura crescente do Poder Judiciário para recuperar dinheiro perdido em fraudes.

A boa notícia é que o próprio sistema de pagamento eletrônico instantâneo possui mecanismos para bloquear transferências e fazer a devolução do valor transacionado.

De acordo com o Banco Central, o bloqueio cautelar analisa o perfil do recebedor. Sempre que a instituição financeira identifica uma transação fora do habitual das movimentações feitas pelo correntista, o dinheiro fica bloqueado por 72 horas para checagem e verificação de fraude. Se constatar o golpe, o próprio banco faz a devolução para quem pagou e o estelionatário não recebe nada.

Se a pessoa perceber que foi vítima de fraude antes do banco do estelionatário descobrir o crime, ela deve registrar um boletim de ocorrência na delegacia de polícia física ou virtual. Em seguida, deve avisar ao banco onde tem conta, utilizando canais oficiais como SAC e ouvidoria. Desta forma, o seu banco entrará em contato com a instituição financeira do criminoso para bloquear o dinheiro e analisar a reclamação. Essa averiguação pode durar até sete dias. Quando a fraude é confirmada, o dinheiro é devolvido integralmente para o pagador.

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