IPCA: Mercado reduz estimativa de inflação para 2023 e 2024

O relatório desta primeira semana de maio foi divulgado nesta segunda-feira (8/5)

Postado em: 08-05-2023 às 12h01
Por: Ícaro Gonçalves
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O relatório desta primeira semana de maio foi divulgado nesta segunda-feira (8/5) | Foto: Reprodução

O Relatório Focus, produzido pelo Banco Central (BC) junto a analistas do mercado financeiro, apresentou redução da estimativa da inflação para 2023. O relatório desta primeira semana de maio foi divulgado nesta segunda-feira (8/5).

De acordo com o documento, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve terminar este ano em 6,02%, a primeira redução depois de cinco altas consecutivas. A projeção da semana passada era de 6,05%.

A meta da inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o ano é de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para cumprir a meta, o IPCA deve ficar em até 4,75%.

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Já para o ano de 2024, os economistas também projetam redução, de 4,18% para 4,16%. No ano passado, a inflação acumulada de 5,79%, acima do teto da meta estipulada pelo governo federal pelo segundo ano consecutivo.

Juros

Na quarta-feira (3/5), o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic, juros básicos da economia, em 13,75% ao ano.

“O ambiente externo se mantém adverso. Os episódios envolvendo bancos no exterior têm elevado a incerteza, mas com contágio limitado sobre as condições financeiras até o momento, requerendo contínuo monitoramento. Em paralelo, os bancos centrais das principais economias seguem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas, em um ambiente em que a inflação se mostra resiliente”, destaca o comunicado divulgado pelo Banco Central (BC).

O documento também afirma que, em relação ao cenário doméstico, “o conjunto dos indicadores mais recentes de atividade econômica segue corroborando o cenário de desaceleração esperado pelo Copom, ainda que exibindo maior resiliência no mercado de trabalho”.

Leia também: Copom mantém novamente juros básicos da economia em 13,75% ao ano

Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo o comunicado, a manutenção da taxa considerou entre outros fatores, a persistência das pressões inflacionárias globais, incerteza sobre o desenho final do arcabouço fiscal a ser analisado pelo Congresso Nacional e uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada.

“Por um lado, a reoneração dos combustíveis e, principalmente, a apresentação de uma proposta de arcabouço fiscal reduziram parte da incerteza advinda da política fiscal. Por outro lado, a conjuntura, caracterizada por um estágio em que o processo desinflacionário tende a ser mais lento em ambiente de expectativas de inflação desancoradas, demanda maior atenção na condução da política monetária”, diz o comunicado.

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