Goiás é escolhido para projeto social

A Confederação Brasileira de Futebol escolheu Goiás para desenvolver um programa de aprendizagem inédito envolvendo o futebol. Ligado ao CBF Social, o “Paixão Nacional” foi apresentado ontem pelo secretário-geral da entidade, Walter Feldman, ao governador Marconi Perillo, à secretária de Educação, Cultura e Esporte, Raquel Teixeira e equipes durante reunião de trabalho realizada no 10° andar do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, na Praça Cívica. Foi assinada uma carta de intenções que formaliza o interesse mútuo.

Marconi agradeceu pelo espaço concedido a Goiás. “Vamos envidar esforços para que essa parceria seja uma vitrine para o país. Temos um terreno fértil e tudo para fazer muitos gols nesse projeto. Será um berço para grandes talentos do esporte goiano”, declarou o governador ao se mostrar entusiasmado com a iniciativa.

Walter disse que a escolha de Goiás para desenvolver o projeto não foi aleatória. “Ponderamos muito, é um local propício por ser o centro do Brasil. Também tenho um respeito pelo governador Marconi, que é um estadista e tem coragem de experimentar, e pelo extraordinário trabalho da secretária Raquel Teixeira. Ela talvez seja a figura política que mais compreendeu a relação entre a educação e o esporte”, disse. “É uma data histórica não só para Goiás ou para a CBF, mas para o nosso país”, completou o secretário-geral da entidade.

Em entrevista coletiva, Raquel informou que o projeto pode englobar escolas (ensino regular e de futebol) e ser desenvolvido em parceria com a Federação Goiana de Futebol (FGF), representada na reunião pelo presidente André Pitta. “A educação e o esporte unidos desenvolvem valores e competências que fazem o cidadão melhor. Pelo aspecto social, é uma oportunidade única de utilizar o processo de ensino-aprendizagem do futebol para contribuir com o aprendizado e a formação dos estudantes”, disse a titular da Seduce.

Proposta

A comitiva da CBF apresentou em Goiânia a metodologia do projeto, que abrange um modelo de ensino-aprendizagem de futebol e trabalha na formação e no desenvolvimento de cidadãos-atletas. Neste contexto, o futebol surgiria como um meio para a construção ética, moral, social e esportiva da criança e do adolescente, seja homem ou mulher, independentemente do perfil.

Para Walter, o futebol pode ser comparado a uma pirâmide. No Brasil, trata-se de uma estrutura cuja base é comprometida. “Nós temos o topo muito bem definido, que é a seleção brasileira, e também o meio, onde estão os clubes de futebol e os campeonatos. Mas a base precisa ser construída, e é esse o objetivo do projeto, fazer com que o futebol seja um instrumento de realização maior do cidadão”, explicou.