Museu apresenta programação gratuita sobre cultura, arte e ciência

A convidada da programação deste mês é a escritora Adriana Lisboa, ganhadora do Prêmio Moinho Santista

Postado em: 08-07-2021 às 09h26
Por: Lanna Oliveira
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A convidada da programação deste mês é a escritora Adriana Lisboa, ganhadora do Prêmio Moinho Santista | Foto: Graça Castanheira

Criada com a missão de destacar a atuação da Família Klabin-Lafer na urbanização da cidade de São Paulo e no desenvolvimento econômico e industrial do país, a Casa Museu Ema Klabin também permeia o ambiente cultural nacional. A fundação promove a divulgação de atividades de caráter cultural, artístico e científico, e apresenta uma programação diversa, virtual e gratuita para este mês. Eles organizaram o programa ‘Encontros com Escritores: Outros Olhares’, o curso ‘Nativismo negro – intelectuais e artistas negros no pós-abolição’, entre outros.

Julho vem repleto de atividades culturais na Casa Museu Ema Klabin. O programa ‘Encontros com Escritores: Outros Olhares’ promove lives com grandes nomes da literatura. A convidada de julho é a escritora Adriana Lisboa, ganhadora do Prêmio Moinho Santista pelo conjunto da obra, com livros traduzidos em mais de vinte países. Além do encontro literário, a programação traz cursos e palestras com assuntos relevantes como a visibilidade dos intelectuais negros brasileiros. As inscrições já podem ser realizadas no site do museu emaklabin.org.br.

Uma das principais novidades do debate público brasileiro tem sido a relevância e a visibilidade dos intelectuais negros brasileiros. Entretanto, o conhecimento da história intelectual dos negros brasileiros ainda é bastante restrito ao período atual e à segunda metade do século vinte. O curso ministrado por Matheus Gato de Jesus, professor do Departamento de Sociologia, ‘Nativismo negro – intelectuais e artistas negros no pós-abolição’, pretende enfrentar essa lacuna abordando a trajetória social e obras de autores negros brasileiros.

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Já o programa ‘Arte-papo – Processos criativos em tempos de exceção’ promove encontros com conceituados artistas contemporâneos. Neste mês, os professores e artistas Júnior Suci e Sergio Niculitcheff conversam sobre os seus processos criativos em períodos de restrição social. Doutorando em Artes Visuais, Júnior Suci é ganhador, entre outros, do prêmio Funarte de Arte Contemporânea pela mostra coletiva The Letter. Sergio Niculitcheff atua há mais de trinta anos como pintor realizando exposições no Brasil e no exterior.

A Casa Museu Ema Klabin recebe a escritora e tradutora brasileira Adriana Lisboa, premiada e traduzida em diversos idiomas. Romancista, poeta, contista e tradutora, Adriana é autora, entre outros livros, dos romances ‘Sinfonia em branco’ (Prêmio José Saramago), ‘Um beijo de colombina’, ‘Rakushisha’, ‘Azul corvo’, ‘Hanói e Todos os santos’. Publicou também algumas obras para crianças, como ‘Língua de trapos’ e ‘Contos populares japoneses’, ambos premiados pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.

A palestra ministrada pela doutora Mirtes Marins de Oliveira, pesquisadora colaboradora na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, ‘Exposições, museus e periferias: diálogos’, apresentará museus e exposições em seu papel na experiência colonial. Como parte das reflexões, serão analisadas experiências em instituições tradicionalmente estabelecidas e em museus comunitários, tal como outras experiências culturais e suas contestações de abordagens e formatos hegemônicos.

Casa Museu Ema Klabin

Oficialmente registrada em 1978, a Fundação Cultural Ema Gordon Klabin é uma instituição sem fins lucrativos, declarada de utilidade pública federal, que tem por objetivos a promoção e divulgação de atividades de caráter cultural, artístico e científico, além da transformação da residência de Ema Gordon Klabin em museu aberto à visitação pública.Os trabalhos de catalogação do acervo foram iniciados em 1997, três anos após o falecimento de Ema Klabin, e possibilitaram uma compreensão profunda das peças e sua história.

O imóvel sede da Fundação localiza-se à rua Portugal em São Paulo. O terreno, de quase 4 mil m², faz parte do Jardim Europa, loteamento de alto padrão projetado pelo engenheiro-arquiteto Hipólito Pujol Jr. no final da década de 1920, nos mesmos moldes das cidades-jardim britânicas do contíguo Jardim América, projeto do urbanista inglês Barry Parker. Em sua proximidade estão outras duas instituições culturais: O MUBE – Museu Brasileiro da Escultura e o MIS, Museu da Imagem e do Som. A construção, foi projetada e construída pelo engenheiro-arquiteto Alfredo Ernesto Becker, em meados dos anos 50, para abrigar a coleção reunida por Ema Klabin. A casa não possui um estilo definido, como era comum nas outras residências da época, unindo elementos clássicos, como os arcos plenos nas portas e janelas externas, com elementos modernos, notadamente nos materiais de acabamento utilizados. A decoração ficou a cargo de Terri Della Stuffa, também responsável pela distribuição e adaptação das peças pelos ambientes da casa.

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