A arte e seu valor inestimável: Hoje obras artísticas são feitas no mundo virtual ganhando um novo espaço

Samuel Caixeta mergulhou no universo digital e acaba de vender sua primeira obra intitulada ‘Será que foi sorte?’

Postado em: 26-01-2022 às 10h11
Por: Lanna Oliveira
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Samuel Caixeta mergulhou no universo digital e acaba de vender sua primeira obra intitulada ‘Será que foi sorte?’ | Foto: Samuel Caixeta

O mundo virtual já é uma realidade e as criptomoedas alcançou diversos aspectos da vida. Uma ramificação desse ativo virtual, descoberto a pouco, trouxe para o mundo das artes novas perspectivas de negócios. Os NFTs se tornaram uma das maiores tendências em 2021, com um aumento de 55% nas vendas em relação a 2020, que saíram de 250 para 389 milhões de dólares. E você provavelmente não entendeu nada do que isso quer dizer. Mas o artista plástico brasileiro Samuel Caixeta mergulhou nesse universo virtual e já vendeu sua primeira obra NFT.

É um fato que o mundo digital tem tomado conta de todos os âmbitos de nossas vidas. Mas a novidade é que o mundo das artes abriu novas possibilidades para os artistas que querem propagar sua arte mundo afora. O goianiense Samuel Caixeta mergulhou nessa inovação e acaba de vender sua primeira obra, intitulada ‘Será que foi sorte?’, em NFTs durante sua exposição no Museu Nacional da Civilização Egípcia. Cercado desde muito novo por quadros, esculturas, tintas e pincéis, ele agora amplia sua consciência artística.

Autodidata em artes plásticas, premiado no International Salon of Contemporary & Urban Art de Nova York e representado pelas galerias Saphira & Ventura (Nova York, Singapura, São Paulo e Paris, Madri, Miami e Itália), Samuel participa pela primeira vez de uma exposição em arte digital em NFT. NFTs nada mais são do que Tokens não fungíveis, que comprovam por meio de um mecanismo de blockchain seguro que a obra de arte original é de propriedade exclusiva do comprador, podendo ser visualizada por outras pessoas.

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“A vida se torna interessante porque todos nós temos vários sonhos e paixões para perseguir. Isso nos mantém motivados e nos permite experimentar várias situações na vida que nos tornam quem somos como pessoas. Devemos definir metas, mas é preciso entender que não devemos parar ou nos limitar uma vez que alcançamos nosso objetivo. Devemos estar abertos para explorar mais e reconhecer muitas oportunidades que estão presentes diante de nós. Esse quadro aborda justamente isso”, conta o artista plástico Samuel Caixeta, que está no Egito para acompanhar a exposição. 

Nascido em 1995, Samuel sempre gostou de desenhar e criar esculturas. Cresceu em um ambiente permeado de arte, seus pais são artistas plásticos há 40 anos e sempre o incentivaram e apoiaram a seguir seus sonhos. Ainda na infância fez cursos de desenho e escultura. Participou do workshop de grafite com o lendário Jay Milder, o pioneiro do grafite no mundo e mentor do artista Basquiat. “Apesar de todo currículo, o que considero mais importante é o dom da arte, que acredito ter sido presente de Deus na minha vida. Ademais, com dedicação, diligência e perseverança, eu busco me aperfeiçoar a cada dia”, afirma.

Mas o que de fato são os NFTs?

NFT é a sigla para o termo ‘non fungible token’, ou ‘token não fungível’. Eles são tokens, ou seja, códigos numéricos com registro de transferência digital que garantem autenticidade aos seus donos. Na prática, eles funcionam como itens colecionáveis, que não podem ser reproduzidos, mas sim transferidos. Diferente das criptomoedas, como o Bitcoin, e vários tokens utilitários, os NFTs não são mutuamente intercambiáveis. O token não fungível representa algo específico e individual, com “cartão de autenticidade” e que não pode ser substituído. 

Por exemplo, um bitcoin é fungível, troque um por outro bitcoin e você terá exatamente a mesma coisa. Um cartão comercial único, no entanto, não é fungível. Se você o trocasse por um cartão diferente, você teria algo completamente diferente. Os NFTs podem realmente ser qualquer coisa digital, mas muito do ‘hype’ gira em torno da arte digital. Eles podem representar virtualmente qualquer tipo de item, seja ele real ou intangível, incluindo trabalhos artísticos, itens virtuais dentro de videogames, música, entre outros.

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