Assessor de Marcos Rogério é alvo da PF em investigação por tráfico

Senador governista exonerou o funcionário após a operação da polícia.

Postado em: 02-09-2021 às 16h18
Por: Luan Monteiro
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Senador governista exonerou o funcionário após a operação da polícia | Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) cumpriu um mandado de busca e apreensão nesta quinta-feira (02/09) contra um assessor do senador Marcos Rogério (DEM-RO). Marcelo Guimarães Cortez Leite é suspeito de integrar uma organização criminosa que envia carregamentos de drogas de Rondônia ao Ceará. Ele foi exonerado do quadro de funcionários do senador após a operação.

Em Porto Velho, Rondônia, a polícia investiga lavagem de dinheiro do esquema. Os investigadores afirmam que o grupo movimentou uma tonelada de cocaína e chegou a receber R$ 1,5 milhão em 15 dias. Os investigadores informaram, também, que cumpriram 102 mandados judiciais, sendo 42 de prisão preventiva e 60 de busca e apreensão.

Marcelo Guimarães era um assessor da base do senador Marcos Rogério e ficava em Porto Velho. Ele é casado com uma promotora local e era tido como alguém de confiança. Ele tinha um salário de R$ 4,5 mil líquido no Senado.

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Em nota, a assessoria do senador informou que o parlamentar foi “surpreendido com a notícia de busca e apreensão na casa de um dos meus assessores, lotado no escritório de apoio parlamentar de Porto Velho, RO. Não tenho informações se existe ou não envolvimento na prática de algum ilícito, mas em decorrência das investigações em curso decidi exonerá-lo, aguardando maiores esclarecimentos dos fatos”.

As investigações tiveram início em agosto de 2020. Segundo a PF, os “integrantes do grupo atuavam em duas frentes: um núcleo responsável na remessa de droga em carretas para o estado do Ceará e outro na ocultação do patrimônio”. Depois que o líder do grupo foi preso em novembro do ano passado, as investigações foram ampliadas.

Ainda segundo a corporação, foi descoberto que “sete remessas de drogas foram apreendidas totalizando cerca de uma tonelada de cocaína”. Além disso, o “dinheiro da droga era recebido de forma dissimulada em contas bancárias” em nome de terceiros e empresas.

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