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sábado, 23 de novembro de 2024
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'STF, Libera Meu Xixi'

Campanha LGBTQIA+ pede por banheiros mistos como forma de evitar violência contra pessoas trans

O principal objetivo é alcançar uma conscientização e mobilização na sociedade sobre os diretos de pessoas trans em banheiros públicos.

Postado em 14 de julho de 2022 por Victória Vieira

Nessa semana a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) lançou a campanha ” STF, Libera Meu Xixi”. O principal objetivo é alcançar uma conscientização e mobilização na sociedade sobre os diretos de pessoas trans em banheiros públicos.

A medida que estabelece uma política contra a discriminação no uso de banheiros públicos, vem sendo adiada pelo Supremo Tribunal Federal por 7 anos. De acordo com informações, os ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Edson Fachin aprovaram a ação, porém, Luiz Fux pediu um tempo para pensar sobre a questão.

Essa ignorância referente a ação beneficiária não só gera uma progressão de constrangimento em pessoas trans, como também impacta na segurança e saúde delas. O endocrinologista Henrique Cecotti explica que diversas pessoas trans apresentam o hábito de segurar a urina por medo de usar os banheiros públicos. Isso acaba causando graves infecções urinárias.

“Tudo isso pode prejudicar muito a qualidade de vida. Para nós, pessoas cisgênero, pode ser dificil imaginar, mas não poder usar o banheiro livremente limita uma pessoa trans de viver, limita o funcionamento saudável do corpo dela”, informa Felipe.

Em entrevista à rádio CNN, a orientadora socioeducacional Marcella Montteiro conta que passou por situações discriminatórias, chegando a ser expulsa por não poder usar o banheiro público. Ela sugere a criação de banheiros mistos como forma de evitar a violência nesses locais.

“Acionei a polícia e advogados por causa da proibição de usar o banheiro público”, desabafa. Marcella é uma mulher trans, negra e ativista. “Nós fizemos alguns avanços, mas não muitos, as pessoas ficam com mais receio de bloquear uso do banheiro e espaços, porque sabem que podem ser processados, por causa da ampla divulgação”, disse.

Montteiro afirma que a campanha é necessária, pois está trazendo novas discussões de combate à violência em pessoas trans nos banheiros públicos.

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