“Governo federal está presente”, diz Lewandowski sobre busca por foragidos de presídio federal

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, chegou, neste domingo (18), em Mossoró, no Rio Grande do Norte, para acompanhar as buscas pelos dois foragidos do presídio federal de segurança máxima da cidade.

“O governo federal está presente”, disse Lewandowski ao desembarcar. Ele classificou a fuga dos presos como “um problema localizado, que será superado em breve com a colaboração de todos”.

Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram os primeiros detentos a escapar de um presídio federal brasileiro desde a criação do sistema em 2006. A fuga aconteceu na última quarta-feira (14).

Reféns e buscas

Segundo as últimas informações, os fugitivos fizeram uma família refém na noite de sexta-feira (16), em uma casa a três quilômetros da penitenciária. As autoridades policiais concentram as buscas em um raio de 15 km da prisão, com a mobilização de cerca de 300 agentes federais, drones e três helicópteros.

As forças de segurança do Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí também participam das operações. “Isso aqui não é nenhum favor, é o nosso dever, é o sistema único de segurança pública”, disse a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, que recebeu Lewandowski no aeroporto.

Reuniões e investigação

O ministro está em reuniões internas na delegacia da Polícia Federal (PF) em Mossoró, junto com o secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia, e a chefia operacional das buscas. À tarde, ele deve dar declarações à imprensa.

A forma como os dois presos escaparam está sendo investigada. Um buraco foi encontrado em uma parede da cela, e há a suspeita de que eles tenham usado ferramentas destinadas a uma obra interna.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) informou que há duas investigações em curso. Uma delas, de caráter administrativo, liderada pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), apura as responsabilidades da fuga e pode levar a um processo administrativo. A outra é um inquérito da Polícia Federal para apurar eventuais responsabilidades criminais de pessoas que, eventualmente, facilitaram a fuga dos detentos.

Com informações da Agência Brasil