Avião caiu sem uma gota de combustível, diz autoridade colombiana

Agora serão investigadas as causas do que provocou a pane seca

Postado em: 01-12-2016 às 11h00
Por: Redação
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Agora serão investigadas as causas do que provocou a pane seca

As autoridades da Aeronáutica Civil da Colômbia confirmaram
que o avião que transportava a equipe da Chapecoense para Medellín caiu sem
“uma gota de combustível” no morro em Cerro Gordo e que agora serão
investigadas as causas do que provocou a pane seca. O acidente matou 71 pessoas
e deixou seis feridas.

“Uma das hipóteses que trabalhamos é que [o avião] não
contava com combustível e que, por isso, tenha apagado subitamente os motores.
Motores são a fonte elétrica. Você pode ter uma turbina adicional, mas se não
tinha combustível, vai ter uma pane elétrica”, afirmou Fredy Bonilla,
secretário de Segurança Aérea da Aeronáutica Civil.

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Segundo Bonilla, as normas internacionais exigem que uma
aeronave precisa ter combustível suficiente “para chegar ao aeroporto de
destino, mais 30 minutos e ainda mais 5 minutos ou 5% da distância, que é o
combustível reserva”.

Outro ponto ressaltado pelo secretário foi o fato de o
piloto, Miguel Luis Quiroga, não ter relatado imediatamente que estava em um
situação de emergência e que ele deveria ter alertado antes a Torre de
Controle.

Escala para abastecer

O diretor geral da empresa aérea LaMia, Gustavo Vargas,
declarou ontem (30) que o piloto deve ter avaliado que o combustível era
suficiente para chegar ao seu destino, pois existia a opção de fazer uma pausa
em Bogotá para abastecer, que foi descartada.

“Temos alternativas, uma alternativa próxima era Bogotá
e se o piloto percebesse uma deficiência de combustível, tinha toda a
autoridade para pousar e reabastecer”, afirmou, em entrevista ao canal
boliviano Unitel.

Vargas afirmou que inicialmente estava previsto o
reabastecimento em Cobija, no norte da Bolívia, mas que o plano foi descartado
pelo horário. “Infelizmente não pudemos reabastecer em Cobija, que era a
ideia inicial, porque como não pudemos voar a partir do Brasil, tivemos que
contratar outro avião fretado e ficou tarde, pois Cobija não trabalha à
noite”, afirmou.

Ao jornal boliviano Página Siete, o diretor da
Lamia declarou que o piloto “toma a decisão de não entrar [em
Bogotá] porque pensou que o combustível era suficiente. Trata-se de um piloto com
muita experiência, treinado na Suíça”.

Foto: divulgação 

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