Presidente da Argentina demite ministro da Fazenda e divide pasta em duas

O chefe de gabinete admitiu que a saída de Prat Gay está ligada a discordâncias internas sobre o funcionamento da equipe econômica

Postado em: 26-12-2016 às 15h35
Por: Toni Nascimento
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O chefe de gabinete admitiu que a saída de Prat Gay está ligada a discordâncias internas sobre o funcionamento da equipe econômica

O presidente da Argentina,  Mauricio Macri, pediu hoje (26) a renúncia do ministro da Fazenda e Finanças,  Alfonso Prat Gay, e decidiu dividir o ministério em dois: Fazenda, que ficará sob a responsabilidade de Nicolás Dujovne; e Finanças, que será comandado por Luis Caputo, atual secretário da área, segundo anunciou o chefe de gabinete da Casa Rosada, Marcos Peña. As informações são da agência Télam.

“O presidente Macri fez uma mudança na equipe do governo. Em função dos desafios que temos para o próximo ano foi definida a divisão do ministério em dois: o Ministério da Fazenda e o Ministério de Finanças”, disse Peña em entrevista coletiva na sede do governo argentino. 

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O chefe de gabinete admitiu que a saída de Prat Gay está ligada a discordâncias internas sobre o funcionamento da equipe econômica. “Acreditamos que o melhor para esta etapa era fazer uma mudança.”

Em resposta a uma pergunta sobre as discordâncias, Peña esclareceu que “não se trataram de diferenças na política econômica”, mas de “uma discussão que esteve aberta todo o ano sobre o desenho organizacional do governo e sobre o processo de tomada de decisões”.

“Não são discussões de fundo, apenas incompatibilidades sobre qual era a melhor forma de garantir uma coerência e consistência da equipe”, acrescentou.

Com a decisão de dividir o ministério, Macri pediu a renúncia de Prat Gay e agradeceu o ministro pelo trabalho que desempenhou “em um ano muito desafiador por causa da transição econômica”,

“Ele conseguiu grandes coisas, como a saída do cepo [modelo de restrição cambiária], a normalização das relações financeiras internacionais, a partir da saída do default [calote da dívida], entre outras”, segundo Peña. 

(Agência Brasil)

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